Uma das chaves na construção de uma receita de IPA é o uso adequado dos lúpulos e aqui estamos falando de quais lúpulos se deve usar na fervura para liberação dos alfa-ácidos e quais irão ser inseridos posteriormente, via dry hopping ou não, para agregar com os óleos essenciais. No caso da Damiana vemos um uso muito adequado de lúpulos de origem alemã para dar um perfil muito agradável a um estilo que, via de regra, faz o uso quase que exclusivamente de lúpulos americanos.
Damiana
Dados Técnicos:
Cerveja: Damiana
Cervejaria: Invicta
Estilo: Bavarian IPA
Teor: 5,5%
País de origem: Brasil
Embalagem: 500 ml
Nota: 3,50
Aparência: Liquido em tom dourado com reflexos acobreados e cristalina. Espuma em tom bege bastante claro, com formação boa e longa duração.
Aroma: O aroma trás notas cítricas agradáveis que remetem a tangerina e grapefruit, mas acompanhados por um fundo floral bastante agradável e perfumado.
Paladar: Corpo médio alto e média carbonatação. Enquanto que no paladar temos notas cítricas de grapefruit e tangerina em destaque, trazendo o amargor médio e agradável pautado pelas mesmas notas. Em segundo plano encontramos a presença do malte com leve percepção de caramelo e novamente notas florais discretas.
Aftertaste: O aftertaste agrega frescor a cerveja, colocando o amargor em segundo plano e mantendo as notas cítricas e florais de forma discreta e persistente.
Harmonização: O ponto de atenção nesta IPA é a presença de notas florais e vale usar este ponto para pautar o nosso plano de harmonização. Minha sugestão é um steak tar tar com begónias, a carne do steak já aceita muito bem uma IPA, mas incluiremos a begônia para agregar perfis cítricos e refrescantes e buscar uma maior equivalência na harmonização.
Prost!
Fabrizio Guzzon
