Esta semana vamos encontrar mais uma experiência híbrida, misturando um estilo clássico norte americano e um estilo clássico belga, a Le Freak.
A Le Freak é produzida pela Green Flash Brewery de San Diego, que foi fundada em 2002 em Carlsbad e migrou para sua cidade sede atual em 2011. Hoje a Green Flash é a quarta maior cervejaria de San Diego e produz cerca de 45.000 barris por ano.
Usando de inspiração as Imperial India Pale Ale Norte Americanas e as Tripels Belgas a Green Flash criou a Le Freak, apesar de ser uma união inesperada temos as principais características destes estilos sendo mantidas, como o amargor da Imperial IPA e as notas de malte e dulçor das Tripels, os aromas críticos das Imperial IPA com os aromas de frutas das Tripel.
Ao final da experiência temos uma cerveja com pouco menos de 10% de álcool, quase 100 IBU, uma cerveja densa e maltada, uma união inesperada porem muito bem sucedida.
Le Freak
Cerveja: Le Freak
Estilo: Belgian IPA
Teor: 9,2%
País de origem: EUA
Embalagem: 355 ml
Quando servimos a Le Freak encontramos uma cerveja dourada, brilhante e com espuma consistente, cremosa e branca.
No aroma temos o primeiro contato com a complexidade desta cerveja, as notas de caramelo do malte surgem acompanhadas pelas notas cítricas e frutadas com nuances de maracujá, ameixa branca e abacaxi vindo tanto do lúpulo quanto da fermentação.
Ao provarmos encontramos um líquido de corpo e carbonatação médios, enquanto que no paladar o malte se destaca pelo dulçor que lembra caramelo e pelas notas frutadas de abacaxi e ameixa, o amargor já se faz presente desde o inicio da degustação e em segundo plano temos as notas cítricas vindas do lúpulo.
No aftertaste o amargor se intensifica de forma pungente acompanhado pelas notas cítricas de maracujá e casca de laranja, ocupando todo o paladar e terminando de forma seca e limpa.
A Le Freak é uma cerveja com inicio adocicado pelo malte, com uma transição equilibrada com notas frutadas e cítricas até o final onde o amargor é o protagonista.
Esta cerveja nos dá uma variedade de opções quando pensamos em harmonizar, mas irei focar nas duas características que mais me chamaram a atenção, o dulçor inicial e o amargor final.
Para isso eu proponho uma harmonização com escondidinho de carne seca com pimenta biquinho. A proposta aqui é harmonizar pelo contraste, onde teremos o dulçor inicial em contraponto a carne seca naturalmente salgada, e deixamos a pimenta biquinho acompanhar o amargor somente como complemento de sabor, dado que sua picância é baixa.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Guzzon ta na hora de fechar uma parceria com algum clube de cerveja para vc fazer os reviews viu rs…
Olha Luquita…. gostei dessa ideia…
Eu diria que eu economizaria com isso…. mas na verdade eu só beberia mais e melhor… hehehe
Vamos ver se algum clube topa patrocinar alguns posts!
Abç
Guzzon
Eu apoio essa ideia!
rá… essa eu já tomei.
Mas faz tempo… não lembro direito. rs
Lembro que gostei bastante.
A gente tem algumas IPAs com essa característica de dulçor inicial e amargor no aftertaste, mas nem sempre a transição é harmônica. Essa parece ser uma que entrega bem isso.
Harmonização top hein Guzzon, não vai queijo (não geralmente, mas o povo as vezes coloca –‘ ) rsrs
Grande Vini.
Eu acho que um dos sinais de qualidade de uma Imperial IPA e estilos correlatos é justamente conseguir realizar esta transição do maltado para o amargo de forma consistente. A Le Freak entrega bem isso.
E essa harmonização não precisa de queijo mesmo Vini, até pode colocar para gratinar, mas não precisa.
Abç
Guzzon
Fala Guzzon!
Acho que não tomei essa ainda, mas fiquei bem curioso. Não sabia que ela era um blend de tripel com imperial IPA. Sensacional!
A harmonização nem vou comentar né, sempre me fazendo passar fome hahaha
Abraço!
Grande Daniel,
O conceito é unir os dois estilos mesmo e fizeram isso muito bem feito, vale a pena provar se vc encontrar. É uma cerveja extrema, mas que consegue se manter coesa.
Abç
Guzzon
Experiência com extremos, hein Guzzon? 100 IBU é uma porrada mesmo. Boa harmonização!
Grande Anselmo,
Sim, a cerveja te trás sensações no limite.
O amargor apesar de alto é cadenciado, no inicio o malte consegue segurar a sensação e manter as notas frutadas e o caramelo, mas logo o amargor vai ganhando força até um aftertaste bastante amargo, mas seco e curto.
Achei que eles conseguiram ajustar muito bem a cerveja, a experiência apesar de intensa não é agressiva.
Abç
Guzzon