Turista sofre! Tour cervejeiro Bélgica/Holanda – Parte 1

Fala pessoal, vamos viajar?

Estou de volta aqui no blog a pedido da galera do Beercast pra contar sobre o tour cervejeiro que fiz com minha namorada pela Bélgica e Holanda agora em março/abril. O plano era passar por todos os mosteiros “trapezistas” da Bélgica e da Holanda, missão que foi cumprida com êxito.

Farei uma série de posts contando as experiências, os bares, cervejarias e mosteiros visitados e dando dicas pra quem estiver afim de encarar a estrada.

Como dizem lá em casa: Turista sofre, mas se diverte!

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Fique de olho nos ciclistas!

Começamos a viagem com a maratona Floripa-Guarulhos-Paris-Amsterdam. Saímos daqui na 5ª de manhã (19/03/2015) e chegamos lá 6ª meio-dia, hora local. Eu já havia visitado Amsterdam em 2013 e tenho um amigo que mora na cidade, o Breno. Ficamos hospedados lá, mas primeiro tínhamos que chegar até o apê dele.

Pegamos as malas e fomos atrás do trem para a cidade. Descemos na estação Lelylaan e tínhamos que pegar um tram (aqueles bondinhos elétricos) até a casa do meu amigo. O problema é que quando compramos os euros aqui em floripa o “banco fundado por D. João VI” só nos deu notas de 100 e o cobrador do tram só aceitava no máximo notas de 20 (#fikdik #turistasofre). Tivemos que descer no próximo ponto, arrastar as malas pesadas por 3 quadras, no frio, até achar um caixa eletrônico para sacar 20 euros – e voltar pra pegar o tram novamente.

Mas beleza, chega de papo e vamos pra cerveja. O Anselmo já fez um post excelente (aqui) com dicas sobre onde beber bem em Amsterdam, então não vou repetir o que ele já contou, mas passei lá no De Prael e no fim da viagem fomos no Brouwerij ‘tIJ.

Dica 1: quando você estiver à pé, fique de olho nas ciclovias pra não ser atropelado.

Dica 2: quando em Amsterdam, pedale!

De Bierkoning – O Rei da Cerveja.

Alugamos bicicletas e fomos pedalar. No meio do passeio paramos na De Bierkoning, que é a loja de cerveja mais legal que já fui e tem preços de fazer brasileiro chorar em holandês. Descobri ela em 2013 e tive que voltar. Fica na Paleisstraat 125, uma rua pequena perto da Dam, sentido Spuistraat. Dá pra ficar maluco de tanta opção boa. Só da De Molen eu perdi a conta de quantas cervejas tinha.

Compramos algumas e partimos novamente. Tomamos um café com a melhor torta de maçã do mundo e voltamos pra casa recarregar as energias.

Nesta primeira noite a Tai estava cansada e ficou em casa, então o Breno e eu fomos fazer um mini pub-crawl. Começamos com Café Brecht (Weteringschans 157), que é um bar pequeno com mesas bem baixinhas e lotado de gente e cerveja boa, mas vi muitas pessoas tomando vinho também. Bebi uma Riedenburger Dolden Sud IPA (senti aroma de mel e chucrute, bem inusitada e gostosa) e ele uma De Molen Vuur & Vlam IPA (melhor ainda que a minha).

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Saímos dali pro De Prael (Oudezijds Voorburgwal 30 – perto do Red Light District) e encontramos um amigo do Breno, também brasileiro. Dentre as tomadas por mim e do copo dos outros, foram 5 cervejas. Destaque para a Liquid Bacon, que leva malte defumado, mas se levasse bacon de verdade eu não notaria a diferença – gostei.

Fechamos a noite no Mulligans (Amstel 100), um pub irlandês bem roots mesmo. Tinha uma dupla tocando umas músicas diferentes e diversos turistas britânicos. Tinha Guinness, mas tomei uma Kilkenny, pois nunca tinha visto ela antes… minha nota é 2,5 tampinhas.

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Queijos trapistas e uma geleia de maçã.

No dia seguinte mais passeios, compras (tivemos que comprar casacos, pois estava frio no início da primavera deles), batata frita com maionese (Pulp Fiction? alguém?), algumas cervejas em casa e de noite curtimos um jazz no Gollem’s (Overtoom 160). O Breno é baixista profissional e deu uma canja com o pessoal lá, que eram amigos dele.

O bar estava cheio e pela primeira vez experimentamos queijos trapistas. Nas cervejas, tinha muita variedade na pressão e consegui experimentar umas 5. Destaque para a Gollem’s Precious IPA, que é deles, mas feita na Bélgica.

Curioso também foi ver um gato andando pelo meio do bar nos bancos, deitado no casaco de algum cliente, bem de boa.

Resumidamente esses foram os primeiros dias da viagem, em Amsterdam. No dia seguinte pegamos um carro e partimos para a Bélgica, mas isso já é história para o próximo post.

Espero que tenham gostado e, assim como fiz no post do festival da cerveja, vou deixar aqui uma lista de todas as geladas que bebi nesses dias.

Valeu e até a próxima!

PS1: Lembrando que tem IPA pra caramba porque a Taíse praticamente só bebe elas (não estou reclamando, porque acabo experimentando junto).

PS2: As cervejas que eu não tinha anotado o estilo, procurei no Ratebeer e estão entre parênteses.

PS3: Esqueci de falar, mas a cervejaria Oedipus é lá da região e está despontando, todo mundo só fala deles. Quem puder, experimente!

PS4: Melhor que XONE! huehuehue kibei de alguém

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Oedipus Panty azulada?

Cervejas relacionadas:

Casa do Breno:

  • Heineken Oud Bruin
  • Vedett Extra Blonde
  • De Prael Bitterblond

Café Brecht:

  • Riedenburger Dolden Sud IPA
  • De Molem Vuur & Vlam IPA

De Prael:

  • Liquid Bacon (smoked)
  • Nick&Simon (IPA)
  • Doe Maar (scotch ale)

    Batatas fritas com maionese. É muito bom!

    Batatas fritas com maionese. É muito bom!

  • Double IPA
  • Klassieker (bitter)

Mulligans:

  • Kilkenny (irish ale)
  • Guinness (dry stout)
  • Jupiler (pale lager)

Gollem’s:

  • Gollem’s Precious IPA
  • Tasty Lady IPA
  • Gouden Carolus Tripel
  • Belle-Fleur IPA
  • Oedipus Panty (stout)