Boa Cerveja-Feira #355… Corsário

Esta semana vamos navegar pelos mares do tempo e conhecer uma cerveja mineira com a Corsário.

Esta cerveja é produzida pela Cervejaria Bones de Poços de Caldas em Minas Gerais, fundada em 2018 mas planejada deste 2015. Apesar de ser uma English IPA, a cervejaria optou por realizar o dry hop na receita, para destacar os aromas.

Uma curiosidade é que esta cerveja foi inspirada na primeira lei dos Piratas onde em 1722, o pirata escocês Bartholomew “Black Bart” Roberts, determinou que todo homem “deve ter um direito igual à comida fresca e álcool a qualquer momento

No momento túnel do tempo desta semana, irei trazer a coluna do meu primeiro ano como colunista do Beercast, seis anos atrás eu escrevi sobre a Bodebrown Rye Pale Ale. Ver esta coluna e comparando com as colunas atuais é possível notar que certas coisas evoluem, e que certos padrões são mantidos.

Isso me fez refletir, ainda mais neste 2020, o quanto é importante pensar em quais hábitos, opiniões, certezas e manias devem ser mantidos e quais podem ser deixados de lado ou pelo menos alterados para uma versão melhor.


Corsário

CorsárioDados Técnicos:

Cerveja: Corsário
Estilo: English IPA
Teor: 5,3 %
País de origem: Brasil
Embalagem: 500 ml
Nota: 3,25

 


A Corsário apresenta tom acobreado e levemente opaca. A espuma se forma em leve tom bege, com boa formação e longa duração.

No aroma as notas herbais e resinosas são bastante evidentes, chegando a lembra pinho. Em segundo plano notas suaves de malte e caramelo.

Ao provarmos encontramos uma cerveja de corpo alto e média carbonatação. Enquanto que no paladar temos notas herbais destacadas e acompanhadas por um amargor alto e persistente. Em segundo plano notas resinosas e uma leve presença de caramelo e malte.

O aftertaste mantem a presença marcante do amargor herbal de forma persistente, acompanhando por uma leve adstringência.

A Corsário não apresenta as notas de lúpulo terroso esperado para uma English IPA, porem se afasta dos lúpulos cítricos característicos da escola americana e isso conta ao seu favor. O amargor é bastante presente tanto no paladar quanto no aftertaste de forma limpa e bastante agradável, apesar de intenso.


Para a harmonização vou trazer um pouco da culinária mineira para prestigiar a terra natal da Bones.

Minha sugestão é harmonizarmos com frango com quiabo. A nossa intensão é trazer as notas herbais da cerveja para destacar ainda mais o sabor do quiabo.

Prost!

Fabrizio Guzzon