Esta semana vamos subir a ladeira do IBU e passar da marca dos 100 com a Ruination.
Assim como a Stone IPA que falei semana passada, a Ruination é produzida pela Stone Brewing de San Diego, e como já falamos um pouco da história da cervejaria vamos falar sobre algumas outras curiosidades.
O símbolo da cervejaria é uma gárgula, e segundo eles esta criatura mítica é conhecida por ser um guardião que protege contra espíritos malignos, mas na Stone Brewing a gárgula protege a cervejaria contra os espiritos malignos modernos, que eles entendem como matéria prima de baixa qualidade, aditivos químicos e pasteurização.
Outro detalhe interessante é que esta Imperial IPA foi, segundo eles, a primeira Imperial IPA da costa oeste de linha já feita, e a receita evoluiu com o tempo ajudando a manter os aromas, sabores e amargor do lúpulo, quanto que a garrafa recebe a inscrição “Liquid Poem to the Glory of the Hop“, que em uma tradução livre significa “Poema Líquido para a Glória do Lúpulo”.
Ruination
Cerveja: Ruination
Estilo: Imperial IPA
Teor: 8,5%
País de origem: EUA
Embalagem: 355 ml
Nota: 4
No copo a Ruination se apresenta uma cerveja dourada escura, com reflexo âmbar e opaca, com espuma bastante persistente.
No aroma somos arrebatados pelas notas cítricas, herbais e resinosas com percepção de casca de laranja, pinho e capim limão, em segundo plano temos a presença do malte trazendo certo equilíbrio ao aroma cítrico ao final.
Ao provarmos a Ruination vemos que é uma cerveja de corpo médio alto e carbonatação média, enquanto que no paladar encontrarmos o sabor cítrico que remete a laranja da terra e é acompanhada por um amargor resinoso pungente, em segundo plano as notas herbais e de malte surgem de maneira discreta.
No aftertaste o amargor ganha ainda mais força trazendo notas cítricas e resinosas que persistem por um bom tempo.
A Ruination exemplifica muito bem o conceito de cerveja extremas da escola norte americana com aromas e principalmente o amargor que se apresenta marcante.
Para a harmonização desta cerveja temos que buscar algo que apresente uma força ao paladar que seja equivalente e não seja atropelada pela cerveja.
Eu proponho tortillas com chilli e jalapeno, o jalapeno é uma pimenta forte com toque herbal e até dulçor. Com isso deixamos a cerveja apresentar notas cítricas que irão acompanhar os sabores do prato enquanto que o amargor cítrico irá acompanhar a picância.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Fala Guzzon!
Essa cerveja parece muito boa mesmo.
Preciso estudar mais sobre harmonização. O amargor aumenta ou corta a picância das pimentas? Ou nem uma coisa nem outra?
Abraço!
Grande Daniel
A breja é boa sim… vale a pena provar.
Cervejas amargas tendem a destacar a picância, o malte corta um pouco… o bom de uma DIPA é que ela tem os dois…. bastante lúpulo e malte, isso aumenta o sabor da pimenta mas empata a picância.
Abç
Guzzon
Grande Guzzon, já imagino ela como uma clássica DIPA, deve ser fodona mesmo!
Grande Luquita,
Cara, mesmo tendo viajado comigo a garrafa ainda conseguiu manter muito da cerveja.
Eu sei que os aromas seriam ainda mais frescos e fortes se tomasse direto depois da compra, mas mesmo assim é uma DIPA que pode ser colocada como exemplo do estilo tranquilamente.
Abç
Guzzon