Esta semana iremos falar de um belo exemplar das cervejas belgas, a Barbe D’or, produzida pela Verhaeghe-Vichte.
A história da Verhaeghe-Vichte remonta 1885, porem estes mais de um século de história não contam somente com boas noticias. Com o inicio da primeira guerra o governo belga solicitou o apoio da população para impedir o avanço alemão e com isso Paul Verhaeghe, fundador da cervejaria, atendeu o apelo do governo e parou a produção de cervejas.
Somente após o final da primeira guerra a cervejaria voltou a produzir e ainda assim foram necessários anos para que a cervejaria conseguisse se reestabelecer e ela o fez olhando para as tendências que o mercado de cerveja trazia e focando na qualidade de seus produtos.
Este conceito é mantido até hoje pela cervejaria, eles optam por produzir sempre melhor, mesmo que isso signifique produzir menos.
Falando deste rotulo, ele faz parte da série “Barbe” da cervejaria Verhaeghe-Vichte que conta com mais três rótulos desta linha: Barbe Rouge, Barbe Ruby e Barbe Black.
Esta série é uma homenagem a cervejaria “Barbe D’Or”, uma cervejaria medieval da região de Liege, e para pontuar esta homenagem é colocado no rotulo o brasão de armas da família Romsée, que era a proprietária da cervejaria.
Barbe D’Or
Cerveja: Barbe D’Or
Estilo: Belgian Blond Ale
Teor: 7,5%
País de origem: Belgica
Embalagem: 330 ml
Ao servir temos um líquido dourado intenso e cristalino, com espuma branca de formação e duração muito boas.
No aroma temos em destaque o malte, frutas amarelas com notas de damasco e leves notas de especiarias. E mesmo com seu teor alcoólico mais alto não encontramos notas etílicas no aroma indicando o cuidado na inserção do álcool nesta cerveja.
Quando provamos encontramos uma cerveja de corpo médio alto e de média carbonatação, enquanto que no paladar nos deparamos com as notas frutadas que lembram damasco e frutas amarelas secas e o dulçor do malte de forma muito marcante, seguido por notas mais discretas de especiarias e uma sensação de aquecimento na garganta.
No aftertaste as notas de especiarias ganham mais destaque juntamente com as notas de frutas amarelas e temos a presença de um amargor leve, porém marcante.
Esta é uma cerveja de personalidade forte, com notas de malte e frutas amarelas marcantes, mas que ainda traz a sutileza das especiarias para criar um pano de fundo.
Para a harmonização vamos tentar uma combinação “arriscada”, vamos tentar trazer a harmonização por semelhança e contraste no mesmo prato usando damascos recheados com cream cheese e gorgonzola.
No primeiro momento temos a semelhança por conta do frutado da cerveja com o damasco, porem, quando chegarmos ao recheio iremos encontrar o contraste entre o dulçor do malte e o toque salgado do gorgonzola, e ao final o álcool da cerveja irá servir para limpar a gordura dos queijos do paladar.
Mas vale uma dica, use uma proporção de 2 para 1 entre cream cheese e gorgonzola para não sobrecarregar o paladar.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Fala Guzzon, também não conhecia essa cerveja e parece mto boa mesmo! E queijo sempre é perfeito para harmonizar!
Fala Luquita!
Essa breja vale a pena experimentar, se encontrar por ai é uma boa experiência de Blond Ale Belga.
E os queijos são show para harmonizar, tem tantas opções quanto as cervejas e é possível fazer uma jogada de harmonização somente com queijos.
Abç
Guzzon
Boa dica Guzzon.
A maioria das cervejas que tu posta eu nunca experimentei, mas a descrição é tão detalhada que dá pra quase sentir o aroma e sabor só de ler.
Quanto a essa harmonização, de fato é uma aposta. Eu não curto nem cream cheese e menos gorgonzola… Na verdade não gosto de queijos em geral kk
Mas pra acompanhar uma dessa, certeza que dá pra abrir uma exceção.
Abraço
Valeu pelo comentário Vinicius, minha intenção é conseguir passar para vocês, da melhor maneira possível, como é cada cerveja por resenho.
Mas eu quase editei seu post para tirar essa parte de que você não gosta de queijos… como assim? Que vida triste é essa? rsrs
Abç
Guzzon
Herege! Isso sim esse Vinícius é…rs
Poxa gente, desculpa…
mas não gosto =(
tem um monte de gente por aí que não gosta nem de mulher… eu me sinto no direito de não gostar de queijo rsrs
Como é que é? O Vinícius não gosta de mulher?!?!?!?
Também entendi isso. Mas nada contra… normal.
Sim normal, cada um com suas preferências.
Opa!
Cara, uma das coisas legais da tua coluna é que de vez em quando aparece uma cerveja que eu nunca tinha ouvido falar, nunca vi pra vender e no entanto ta aí na foto toda gatona.
Não sei se outras pessoas acham isso também, mas eu curto muito descobrir essas cervejas diferentes, difíceis de achar (principalmente fora de SP) e dá uma vontade gigante de experimentar.
Quanto à harmonização, deve ficar muito bom, pois Gorgonzola fica bom com tudo! hehe
A primeira vez que harmonizei queijo com cerveja foi uma Duvel + Gorgonzola e ficou sensacional.
Abraço e boa cerveja-feira!
Valeu Daniel!
Sempre que posso tento trazer alguma coisa mais incomum, nem sempre é possível, mas pelo menos eu tenho uma desculpa para ficar procurando cervejas por ai… rsrs
Eu tbm gosto muito de gorgonzola, sempre que tenho uma cerveja mais encorpada, com sabor mais acentuado, faço um teste com gorgonzola para ver como fica… rsrs
Abç
Guzzon
Herege! Isso sim esse Vinícius é…rs