Esta semana vamos entender como funciona a mescla da originalidade do serrado com a identidade cosmopolita de Manhattan, com a Gynhattan.
A Gynhattan é produzida pela Cervejaria Goyas, sob a marca Colombina, uma cervejaria com 14 anos de estrada fundada pela Patrícia Mercês, engenheira de alimentos que já estagiou na Hoergaarden e posteriormente contratou a sommelier Katia Jorge para dar corpo a Columbina.
A cervejaria tem realizado uma serie de cervejas com o uso de frutas típicas do serrado, no caso da Gynhattan eles optaram pelo uso da cagaita. E esta cerveja foi feita em comemoração ao aniversário de um ano do restaurante e coquetelaria Moony, um restaurante de culinária contemporânea e ambiente descolado.
Gynhattan
Cerveja: Gynhattan
Estilo: American Wheat
Teor: 5,0%
País de origem: Brasil
Embalagem: 600 ml
Nota: 3,75
Ao servirmos vemos que a Gynhattan se apresenta uma cerveja amarelo palha clara, opaca e com espuma branca e breve, mas com boa qualidade.
No aroma encontramos o toque floral bastante perfumado, que se aproxima de zimbro, mas provavelmente é originado do uso da cagaita, acompanhado por notas cítricas e um frutado bastante discreto em segundo plano.
Ao provarmos vemos que se trata de uma cerveja com corpo baixo e média carbonatação, enquanto que no paladar temos as notas cítricas, com amargor baixo e pautado pela percepção de casca de laranja e herbal suave que remete a capim limão, o final se apresenta levemente ácido e um pouco seco.
O aftertaste mantem o toque ácido que o final do paladar apresenta, acompanhado pela presença floral e com um suave toque frutado.
A Gynhattan é uma cerveja leve, muito refrescante e fácil de beber, o uso da cagaita traz um perfil cítrico agradável e uma aproximação às notas aromáticas do gim.
Mesmo sendo uma cerveja com uma presença aromática marcante, ela ainda se apresenta delicada e por conta disto devemos pensar em um prato que não esconda todos estes nuances.
Minha sugestão é harmonizarmos com um talharine alho e óleo com toque de alecrim, desta forma temos um prato suave mas que trás aromas que irão agregar na percepção da cerveja e destacar o floral que temos marcante nesta cerveja.
Prost!
Fabrizio Guzzon
E aí Guzzon? Tive a oportunidade de provar e ter mais contato com a Colombina quando fui pra Pirenópolis, como está no programa que você linkou. Parece que os goianos tem um certo orgulho dessa cervejaria. Eu acho que fazem um ótimo trabalho. Minha harmonização não harmonizaria com essa cerveja 😀 É que precisa ter pequi no prato pra dar aquele toque do centro oeste, rs! Abração!
Grande Anselmo,
Minha esposa trouxe para mim algumas garrafas da Columbina de uma viagem que ele faz para Goiânia, as duas que provei até agora foram bem legais, tem mais uma guardada que acho que vou abrir esta semana.
Por enquanto gostei de todas, deixei a que estou com a maior expectativa por último, espero que corresponda.
Abç
Guzzon