O Torna Pub é uma proposta diferente do que estou acostumado a ir, ele é mais voltado para a alta gastronomia, ou seja, pratos mais elaborados e o preço nas alturas. Mas acredito que apesar de doer o bolso, temos que fazer esse agrado de vez em quando. Não só para quem nos acompanha, no caso minha noiva, mas também para nós mesmos! E ter novas experiências com uma bela cerveja acompanhando é ótimo.
Com isso em mente fui à esse Pub Gastronômico que já de cara chama atenção, seja pela cara de casa, diferente dos prédios que os rodeiam, seja pelo clima sentido só de passar pela frente, ou talvez seja pelo ombrelone enorme com um elefantinho rosa bem conhecido por nós. Já conhecia os outros restaurantes da franquia, mas eles são mais voltados para a culinária italiana. O Pub é já uma mistura de estilos.
Ao entrar já fui muito bem recepcionado com um boa noite, e ao sentar um cardápio nas mãos com os pratos que a casa serve, e um outro com as cervejas. A variedade não é das maiores, mas as que estão lá são boas e os preços nem são tão altos quanto esperava. Estão na média.
Pedi, de entrada, uma Bruschetta de cogumelos mistos com creme de queijo de entrada e um Creme de queijo acompanhado de ‘grissini’, que são pequenos bastões torrados e secos de pão. Para acompanhar, uma Deuce da Brasserie L’Avenir, uma Belgian Strong Golden Ale, com 8,5% de teor alcoólico.
Enquanto degustava minha Deuce, e esperava minhas entradas, fui lendo o cardápio para decidir o prato principal, então notei algo bem interessante. Muitos dos pratos vem com uma opção de harmonização de cerveja ou vinho. O restaurante contratou a sommelière Deise Novakoski, considerada a primeira do País, para escolher o que mais combina com eles, e dar uma ajuda para quem não faz ideia do que pedir. Chegaram as entradas e fui começar pelo Creme de queijo.
O creme estava bem gostoso e combinava muito com o ‘grissini’, mas o problema principal pra mim foi que veio pouco dos palitinhos, eles acabaram antes mesmo de chegar na metade do copinho. E beber o queijo puro acabou se tornando um pouco enjoativo.
A Bruschetta chegou junto, e gosto muito de experimentar dos mais diferentes tipos, não curto ficar sempre no tomate com manjericão. Essa estava muito gostosa, e o creme de queijo em cima era o mesmo que vinha no copinho. Então acabou que comi uma tonelada de queijo logo de entrada, então nada de queijo no prato principal. Nesse momento, o restaurante estava enchendo, e com isso, vem o problema do garçom carioca, a famosa cara de paisagem. Parece que eles fazem de tudo para evitar te olhar e ter que trabalhar, ficam olhando fixo para um ponto onde não ele não te vê chamando, ou então some na casa, e quando volta atende a mesa ao lado e sai de costas sem te olhar. E isso se repete em vários estabelecimentos que frequento. Talvez haja um curso no Rio de Janeiro: “Como se tornar um garçom ruim e ainda ganhar os 10%”. E o dono desse curso deve estar rico. Lógico que há exceções, mas não foi o caso dessa noite.
Após conseguir chamar o garçom, fiz o pedido, pra mim uma fatia de leitão recheado, com batatas salteadas no azeite e alecrim e salada temperada com vinagrete de aceto balsâmico, para minha noiva, um Spaghetti com camarão salteados e molho pesto.
Para acompanhar, uma Gouden Carolus Classic, uma Belgian Dark Strong Ale com 8,5% de teor alcoólico, que caiu muito bem com o leitão.
Nesses pratos existia a harmonização proposta, para o leitão foi sugerido a Fuller’s London Porter e para o macarrão a DeuS. A Fuller’s eles não tinham na casa, e a DeuS, só quando eu estiver lá pela Europa, ou ostentando muito por aqui.
Já na mesa, vi que dessa vez o restaurante não deu a louca do alecrim e nem tentou montar uma torre com as batatas. O leitão parecia esquisito com tanta coisa dentro, mas tenho que dizer que mesmo com essa cara estava bem gostoso.
O macarrão também estava bom, sou fã de macarrão ao pesto, então posso dizer que estava muito bem feito, mas não curto muito frutos do mar, então não dá pra dizer que estava perfeito. Os pratos são muito bem servidos, e alimenta bem um esfomeado como eu. Pelo menos vale o preço mais elevado.
De sobremesa, após quase subir na mesa para chamar o garçom, pedimos um Tiramisù. que estava ótimo, mas não tem foto dele. Foi devorado por nós antes de eu lembrar de tirar! Para acompanhar uma Brooklyn Black Chocolate Stout, uma Russian Imperial Stout com 10% de teor alcoólico. E como sou um fã de cervejas Stouts, nem preciso dizer o quanto gostei dessa combinação né?
Semana que vem estarei de volta com mais um Bebendo e Comendo! Isso se eu conseguir chamar o garçom para pedir a conta aqui…
E se tiver alguma indicação de lugar que você acha que eu deva visitar, escreve aí nos comentários que com certeza tentarei ir lá!
Boa Luis, concordo que se for bom vale o preço e pagar um tanto a mais.
Porém atendimento e tudo mais também contam nesses casos.
Parece que não é só em São Paulo que o termo PUB é pessimamente utilizado né…rs
Abraços
Luis,
Muito boa descrição do lugar, como o Anselmo falou um indicaçaõ de preço é bacana, mesmo que seja um intervalo para guiar a galera.
E as fotos dos pratos estão demais, assim como as harmonizações. E em especial essa RIS da Brooklyn… já provei e é uma tremenda cerveja… uma das poucas que dei nota máxima nas minhas avaliações…
Abç
Guzzon
Muito bom Luís. Senti falta dos preços pra dar uma orientada em quem pretende visitar o local. Sei que essa é uma informação meio saia justa, mas tenho certeza que muita gente gostaria de fazer as contas pra ver se está dentro do próprio orçamento. O leitão recheado realmente estava com uma cara “diferente”, tinha até olhos de azeitona :D. As harmonizações que você escolheu pareceram ótimas. Aqui em São Paulo têm vários restaurantes onde os garçons são treinados nessa mesma escola que você citou aí, mas pra ser sincero, acho que dei sorte nas minhas experiências no Rio. Aguardando ansioso a aventura da próxima semana.
E aí Luis!
Vou falar que a fama do garçom carioca é nacional. Já tinha ouvido falar do mal serviço aí na região, o que é uma pena.
Mas aqui em Floripa não damos muito exemplo não.
Fora isso, sensacional o relato das comidas e cervejas. Sacanagem botarem a harmonização no cardápio com DeuS, aí é pra matar, mas faz sentido o manjericão do pesto com o aroma da cerveja.
Essa RIS da Brooklyn é demais! Com tiramissu deve ter ficado animal.
Abraço!