Esta semana vamos voltar à Alemanha para conhecer mais uma criação da cervejaria Freigeist Bierkultur, a Hoppeditz.
Falamos da cervejaria Freigeist Bierkultur a algum tempo quando falei sobre a Pimock, e no caso da Hoppeditz a cervejaria não mudou sua abordagem e se apropriou do estilo altbier e fez algumas alterações para tornar este rótulo único.
Para começar a Hoppeditz é criado usando cinco lúpulos alemães e cinco maltes alemães, sendo um dos maltes defumados. Além de abusar dos lúpulos e maltes, o teor alcoólico chega a 7,5%, bem acima dos 4,5% esperado de uma altbier padrão, por este motivo muitos a tratam como uma dopplealtbier.
E para completar temos o nome, uma cerveja com malte defumado e graduação alcoólica acima da média recebeu seu nome do tradicional boneco presente no festival de Dusseldorf que na quarta feira de cinzas é queimado..
Hoppeditz
Dados Técnicos:
Cerveja: Hoppeditz
Estilo: altbier
Teor: 7,5%
País de origem: Alemanha
Embalagem: 500 ml
Quando servida no copo a Hoppeditz se apresenta marrom escura, opaca e com uma espuma branca de boa consistência.
No aroma notamos a presença do malte com notas de caramelo e suave defumado, notas florais vindas do lúpulo e em segundo plano temos frutas escuras como ameixas e um suave amadeirado, porem todos os aromas se apresentam equilibrados.
Quando provamos a Hoppeditz encontramos um liquido de corpo médio e boa carbonatação, enquanto que no sabor encontramos o malte trazendo notas suaves de torrefação e ainda mais suaves de defumado, mas mantendo a presença do caramelo mais evidente, o lúpulo tráz um amargor mediano, bem inserido e com toques florais, em segundo plano notas frutas escuras como ameixas secas dividem o espaço com o toque amadeirado e levemente licoroso.
No aftertaste o malte deixa de ser o protagonista para dar espaço para o lúpulo que ganha destaque com seu amargor presente e bem pontuado, notas florais e final seco.
A Hoppeditz se mostra uma cerveja com notas complexas com notas florais do lúpulo, caramelo, torrefação e defumado do malte, mas que não cansa o paladar. Sua rescência garante um bom drinkability.
Para harmonizar esta cerveja, as opções são vastas, pois sua complexidade abre as portas, mas irei pegar uma das características presentes na cerveja que a diferem das demais altbier, o malte defumado.
Proponho um lombo suíno grelhado na churrasqueira, a carne irá absorver os toques defumados do carvão que irão destacar as notas defumadas da cerveja, enquanto o sabor da carne suína será completado pelas notas de malte e pelo amargor da cerveja.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Imperial Alt vixe… vai pra lista! Rs…
Luquita, coloque na lista mesmo, pq vale a pena.
Se vc puder tomar após uma alt normal é ainda mais interessante para ver onde a cervejaria potencializou a cerveja.
Abç
Guzzon
Depois dessa descrição quero provar!
Eu ficaria confuso tentando decifrar todos os sabores haha!
Grande Philip,
Se tiver a chance experimente sim.
É um boa cerveja e muio bem trabalhada, acho que quando falamos de estilos e cervejarias alemãs é mais dificil encontrar este tipo de inovação.
Abç
Guzzon
Estou curioso pela quantidade de maltes e lúpulos. A harmonização mais uma vez dá água na boca Guzzon.
Grande Anselmo,
Eu até pesquisei para encontrar quais eram os maltes e lúpulos usados, mas não encontrei a descrição mais técnica da cerveja.
No caso dos maltes, eles usam um defumado, certeza que usam um caramelo e mais três que não consigo identificar. No caso lúpulo, pelo menos para mim, é mais dificil pelo aroma e paladar falar o tipo de lúpulo, ainda mais quando não tem os americanos que são bem distintos.
Mas eu chutaria os lúpulos mais comuns como Hallertauer, Saaz e Spalt… mas não posso dar certeze…
Abç
Guzzon
Grande Guzzon!
Deu vontade de revisitar essa cerveja depois da tua descrição e ver o que encontro nela dessa vez. Minha memória me falha às vezes, mas lembro que gostei dela, tanto que tomei as 2 que vieram no HNB.
Muito bom ver a nova escola alemã em ação, fazendo coisas diferentes e respeitando as tradições alemãs dos insumos.
Se tiver lombinho hoje no almoço vou comer na certa!
Abraço
Grande Daniel.
Depois que pesquisei um pouco mais sobre a cervejaria, vi que eles são realmente os “inovadores” na alemanha, buscando revisitar as receitas e estilos e ‘quebrar’ as regras até onde a lei permite…
E imagino que isso deva ser um trabalho ainda mais complicado que uma Brewdog tem em mudar o estilo, pq na alemanha tem muita restrição para se manter o produto como cerveja… nenhum insumo adicional por ser usado, então eles chegam a brincar até com a levedura para rever o estilo.
Abç
Guzzon