Daniel Córdova, enviado especial do Beercast ao Festival Brasileiro da Cerveja 2015

O Festival Brasileiro da Cerveja 2015 acabou neste sábado dia 14 e muita coisa legal aconteceu. Estive lá por dois dias, na 6ª feira e no sábado e este é meu breve relato sobre este grande evento.

Fui convidado pelo pessoal do Beercast para ser o enviado especial e fazer um texto do que encontrei no festival esse ano. Nunca tinha ido e achei que o evento todo foi muito legal. Sem dúvida ano que vem estarei lá novamente, quem sabe os 4 dias.

Cervejas excelentes, muita gente legal e boa organização. Na minha opinião o Festival Brasileiro da Cerveja 2015 foi um mega sucesso e demonstra a força e o crescimento cada vez maior do setor.

Apesar de já ter ido em algumas Oktoberfests, esse foi meu primeiro evento realmente cervejeiro (e não só de beber até cair) e a ansiedade estava grande para conhecer todas as novidades e vencedoras do concurso desse ano.

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Mais um pra coleção.

Saímos de Florianópolis (minha namorada e eu) e depois de muita fila na estrada finalmente chegamos no Parque Vila Germânica, em Blumenau, lá pelas 22h. Com os ingressos na mão entramos e pegamos nosso copo de acrílico do festival. Era um copo simples, com o símbolo do evento e com marcações de 100, 200 e 300ml, que eram os tamanhos das porções que dava para comprar. Já de cara curti a ideia, pois permite que possamos provar diversas cervejas diferentes sem ficar alterado demais. Haviam diversos locais espalhados pelos pavilhões para lavar os copos e prepará-los para uma nova abastecida.

A “festa” ocupou 2 pavilhões da Vila e estavam todos cheios de pessoas e cerveja boa. Uma verdadeira Disneylândia para adultos.

Bebemos muita coisa legal e mais pra frente vou relatar alguns destaques meus e uma lista de todas que consegui ao menos tomar um gole. Tem bastante IPA, porque a Taíse praticamente só ficou nelas, enquanto eu tentei provar ao máximo as campeãs.

Na 6ª feira ficamos até fechar (depois da 1h) e sábado chegamos às 15h30 e fomos embora por volta das 22h porque o cansaço bateu, senão ficaríamos até o fim.

Encontramos muita gente legal do mundo da cerveja. Não consegui falar com todos, mas era só procurar um pouco que você via passando Maurício Beltramelli (Brejas), Amanda Henriques (Maria Cevada), Mário Coppini (Bier Hoff), entre muitos outros e outras.

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Eu, Guilherme Ferreira e Renato Martins

No estande do Beertone conheci o Renato Martins aqui do Beercast, Guilherme do Buteco do Ferreira, Edson Viajante Cervejeiro, Sérgio do Lupulento e o Alexander Michelbach do Beertone Brasil – gente finíssima que ficou conversando comigo enquanto eu esperava o Renato aparecer por lá, já que ele estava pelos pavilhões gravando as entrevistas do Beercast e conversando com a galera. Daria pra ficar um tempão descrevendo o quanto estava legal o estande do Beertone e as conversas, mas o texto ficaria gigante (mais do que já está) então deixo um grande abraço a todos e espero revê-los em breve!

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Currywurst e bratwurst.

Antes de falar das cervejas, preciso falar das comidas. Muita coisa gostosa pra matar a fome e dar uma baixada no álcool: Hambúrguer de pato com pão preto, salsichões, nachos, batata recheada, sorvete de cerveja… Opção não faltava e achei o serviço rápido, mesmo com a quantidade grande de pessoas.

 E o mais importante, Daniel. E as cervejas?

Ah! As cervejas… Não sei por onde começar. Pelas minhas contas, consegui experimentar umas 35 diferentes nesses dois dias. Claro que dei preferência às porções de 100ml e algumas delas foi só um gole no copo de alguém pra dar um check na lista, mas aqui vão alguns dos meus destaques (sem ordem específica):

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Apache metalhando lúpulo nos nossos sentidos.

Bier Hoff Apache: uma APA lançamento deles que ficou muito boa, bem lupulada e potente.

Bier Hoff Cocada Preta: Speciality Beer medalha de ouro no estilo esse ano. O coco combinado com chocolate ficou muito bom.

Cevada Pura Red Ale: Medalha de ouro e me agradou demais.

Seasons Green Cow: a melhor IPA do Brasil de 2015. Já tinha tomado ela em garrafa e em chope é ainda mais sensacional.

Seasons Holy Cow I: se a Green Cow é um soco de lúpulo, a Holy Cow é um roundhouse kick do Chuck Norris na sua cara. Uma Imperial IPA de respeito!

Morada Hop Arábica: caramba, acabou com meus sentidos. Depois dela tudo ficou sem gosto. QUANTO CAFÉ! Pra quem gosta (e eu gosto) é inesquecível.

DUM Petroleum envelhecida em Carvalho Francês e em Castanheira: a DUM lançou no festival uma série limitada da Petroleum envelhecia nessas duas madeiras e em Amburana. Tomei as duas primeiras e comprei o kit especial de 4 garrafas (essas 3 + uma “normal”) e logo tomo a Amburana também.

Wäls e Bohemia Saison d’Alliance: excelente cerveja colaborativa. Quem ficou de mimimi com a fusão deveria experimentar essa cerveja e rever seus conceitos.

Weird Barrel Flip: uma Session IPA com gengibre e acho que harmonizando com um sashimi de salmão deve ficar perfeita.

Bodebrown Wee Heavy Oak Aged: a Wee Heavy envelhecida em carvalho. Sensacional!

Bom, no final está a lista completa do que bebi se alguém quiser ler, só queria destacar rapidamente cervejarias Bier Hoff, Seasons e Cevada Pura, que foram as minhas preferidas no festival. Excelente cervejas, demais mesmo!

A Tupiniquim, como muitos já devem saber, foi escolhida a cervejaria do ano. Por isso era sempre o estande mais cheio e só me arrisquei uma vez lá. Não consegui tomar a Berliner Weisse Maracujá nem a Smoked Lager que eu queria, então peguei a Saison de Caju e caí fora.

Também não consegui provar a Seasons Basilicow, vencedora do prêmio pricipal do concurso. Essa já acabou na 5a feira, 2° dia de festival. A Dubbel Dragon foi outra que fiquei na vontade. “Parabéns pros que provaram, os que não provaram tem outras cervejas”.

E tem meus amigos da Stannis que tinham um dos estandes mais bonitos e legais por lá, com o Carlão agitando a galera. Sou suspeito pra falar desses caras, pois são da minha cidade de criação (Jaraguá do Sul), mas é sempre muito bom encontrar essa galera.

É isso aí pessoal, acho que o post já está gigante então vou ficando por aqui. Agradeço muito aos organizadores do evento, que ajudam a divulgar e fortalecer as cervejarias brasileiras e o mercado de cervejas artesanais/especiais no Brasil; aos amigos que fizemos nesses 2 dias; às cervejarias, que suaram muito pra trazer cerveja de qualidade pra nós; e principalmente ao Anselmo, Ricardo, Renato e Gustavo do Beercast por ter cedido o espaço e a oportunidade de mostrar um pouco do que vi nesses dois dias. Grande abraço e que venha o festival de 2016!

PS: pra quem interessa, aqui está a lista do que consegui provar nesses 2 dias:

  • 2Cabeças Funk IPA
  • 2Cabeças Maracujipa
  • Asgard Dunkel
  • Bastards Jean Le Blanc (Wit – 2° colocado geral)
  • Baldhead Melonhead (APA)
  • Belgard Eastwood Amber Laber (Vienna Lager)
  • Bier Hoff Cocada Preta (Speciality Beer)
  • Bier Hoff Apache (APA)
  • Bier Hoff IPA
  • Bodebrown Wee Heavy Amburana Wood Aged 2014
  • Bodebrown Tripel Montfort Wood Aged Chardonnay
  • Bodebrown Tripel Montfort
  • Bodebrown Perigosa
  • Cevada Pura American IPA
  • Cevada Pura English IPA
  • Cevada Pura Red Ale
  • Cevada Pura Oatmeal Stout
  • DUM Petroleum Carvalho Francês
  • DUM Petroleum Castanheira
  • Irmãos Ferraro LoCa (English IPA)
  • Jester Lambic
  • Júpiter Habanero Dubbel
  • Júpiter Meia Noite (Robust Porter)
  • Mistura Clássica Pan Head (levei uma garrafa pra casa, pois não tinha gelada)
  • Mistura Clássica Euforia (Saison)
  • Morada Hop Arábica
  • Noi Cioccolato (RIS)
  • Ogre Brown Spider (Brown Ale)
  • Ogre Django Cigano (Belgian IPA)
  • Seasons Green Cow (IPA)
  • Seasons Holy Cow I (Imperial IPA)
  • Stannis Gold Amélia (Belgian Strong Golden Ale)
  • Tupiniquim Monjolo Barrel Aged Cachaça
  • Tupiniquim Saison de Caju
  • Wäls Saison D’Alliance
  • Weird Barrel Flip
  • Weird Barrel Grog