Uma das heranças do tempo do isolamento social forçado foi uma certa restrição na variedade do consumo de cerveja, onde optei pelos produtores locais e acabei por manter este hábito. Por vezes visito algum bar e escolho uma cerveja que dificilmente teria contato além daquele ambiente, seja por ser importada ou de um fabricante nacional, mas com uma distribuição fora da área que círculo. Via de regra é um exercício interessante para se afastar um pouco da nossa área de conforto e provar cervejas que normalmente conhecemos via leitura.
Bretta Rose
Dados Técnicos:
Cerveja: Bretta Rose
Estilo: Wild Ale
Teor: 5,3%
País de origem: EUA
Embalagem: 375 ml
Nota: 4,25
Aparência: Líquido dourado com suaves reflexos acobreados, totalmente cristalina. A espuma tem boa formação com bolhas pequenas, mas com breve duração restando somente uma pequena camada ao redor do copo
Aroma: No aroma temos notas acéticas e animalescas, trazendo percepção de couro, feno e curral. Em segundo plano encontramos notas fenólicas, leve frutado de frutas vermelhas e madeira.
Paladar: Cerveja com corpo baixo e alta carbonatação. Enquanto que no paladar com cítrico bastante presente, notas laranja lima e limão, toque condimentado ao final acompanhado por notas selvagens mais discretas do que no aroma. A acidez selvagem se inicia em segundo plano para ganha espaço persistindo por algum tempo.
Aftertaste: Apesar de um perfil com bastante personalidade, temos um aftertaste equilibrado e com notas mais delicadas do que no paladar, cítrico e selvagem equilibrados e agradáveis.
Harmonização: A cerveja apresenta uma boa complexidade, mas com potência mediana e devemos levar isso em conta na harmonização. Minha sugestão é harmonizarmos com torradas com queijo de cabra, para salientar a percepção selvagem da cerveja.
Prost!
Fabrizio Guzzon
