E aí, galera!
Hoje vamos visitar o museu do lúpulo em Poperinge, comprar um guarda chuva, pegar chuva e vento em Bruges, almoçar na De Halve Maan, conhecer o Beer Wall e comprar uma cerveja na 2be.
Como o Colin Farrell dizia no filme “In Bruges” (Na mira do chefe): Fuckin’ Bruges!
Começamos a manhã em Poperinge visitando o museu do lúpulo, que fica na quadra atrás do hotel. Pagamos algo em torno de 5 ou 6 euros por pessoa e o passeio começa pelo último andar. Você sobe até o 3o andar e vem descendo todos os pavimentos.
Esse museu fica numa antiga empresa de secagem e beneficiamento de lúpulo. Aliás, Poperinge é a capital belga do lúpulo e há várias fazendas da planta nas redondezas.
O passeio é bem interessante. Você conhece um pouco da história da região, da colheita, dos métodos de plantação, secagem e ensacamento, os diferentes tipos de variedade de lúpulo, alguns santos cervejeiros, outros usos para o flor do lúpulo, etc. No térreo do museu existe uma parede dividida nas diversas regiões da Bélgica e em cada região várias das cervejas que as representam.
O museu tem uma lojinha de souvenires com coisas legais no tema da cerveja e lúpulo. Acabei comprando uns caramelos especiais feitos com lúpulo chamados Houblonesse. Muito saborosos, doces e levemente amargos. Vale a pena.
Já tínhamos feito o check-out do hotel e fomos de carro pro museu, pois havia estacionamento próprio e estava uma chuva fina e chata. Então ao sairmos do museu já pegamos a estrada, rumo Bruges. Eu já havia ido pra essa cidade uma vez em 2009 mas estava doido pra voltar, pois dessa vez a motivação era outra: cerveja!
Nota: Em Poperinge existe a famosa Poperings Hommel Bier, uma cerveja mais lupulada pros padrões belgas e muito boa. Existe também a Nunnebier, que tem uma freira no rótulo, mas essa não encontrei pra vender.
Cerca de 80 km depois chegamos na cidade e fomos direto para a cervejaria De Halve Maan (Walplein 26, Brugge) para almoçarmos. Essa cervejaria produz as famosas Brugse Zot e a Straffe Hendrik e é possível fazer a visitação na fábrica, mas não estávamos muito afim, queríamos comer!
Pedimos uma Brugse Zot Blond e um prato de espaguete à bolonhesa cada. Estava muito bom, mas o preço é meio salgado aqui.
Bastante turistas no restaurante e dava para ver o pessoal vindo da visita na fábrica. É bem movimentado o local.
Existe um janelão no restaurante que mostra partes da fábrica, o que é bem legal e ajuda a decorar o ambiente. No lado de fora do restaurante há uma loja de cerveja da própria Halve Maan. Além das cervejas deles você encontra camisetas, chapéus de bobo da corte, abridores de garrafa, etc.
Ao lado da entrada da Halve Maan também existe uma loja de souvenires normal pra turistas da cidade e lá compramos um pequeno guarda chuva de 6 euros. Coisa pra turista mesmo, porque era minúsculo e antes do fim da viagem foi pro lixo. Mas deu pro gasto, porque a chuva apertou e o vento também.
Saímos do restaurante direto pro hotel, pra nos esquentarmos um pouco e descansar. Ficamos hospedados no hotel Olympia (Magdalenastraat 16). Ele não fica no centro, mas dá uns 20min de caminhada, então achei tranquilo. Pagamos 59 euros pela diária e há um estacionamento público grátis uma quadra ao lado. O quarto do hotel era bom, bem confortável e tinha chocolate de cortesia na recepção, bom pra dar aquela adoçada.
Nota 2: Fique ligado! Em Bruges e algumas outras cidades belgas não há parquímetro para estacionar na rua, mas você precisa comprar um “disco” de estacionamento, que custa bem caro e não compensa pra turistas. Vale mais procurar estacionamentos fechados e pagar por hora.
A Tai estava cansada e sem ânimo para sair à pé na chuva e no frio, então peguei o casaco, o guarda chuva e fui caminhar. Passei na praça principal da cidade, a Market Place, comi um waffle com nutella quentinho feito na hora, passei por mais algumas ruas e praças bonitas e andei até a Beer Wall (Wollestraat 8).
Essa parede gigante possui centenas de cervejas belgas. Não sei se são todas do país, mas é cerveja pra caramba! No fundo do corredor há um bar e percebi uns brasileiros lá tomando umas.
Chegando no Beer Wall, à direita, existe uma loja de cerveja chamada “2be”. Entrei ali e fiquei maluco! Já de cara tem muita cerveja legal e souvenires belgas. Action figures do Tintim e sua turma estão por todo lado, ímãs de geladeira, pôsteres de cerveja, queijos, etc. Mas o legal mesmo está no sub-solo. Você desce uma escada e chega no Valhalla.
Diversas prateleiras, uma após a outra, com muita cerveja belga. Tem de tudo, pena o preço ser um pouco mais caro, pois é em local turístico, então aí o bicho pega. Talvez não seja o melhor lugar pra comprar cerveja pelo preço, porém a variedade é muito boa e havia um brasileiro (não era eu!) maluco comprando de tudo que via pela frente! A Deus estava 19 euros, não comprei.
Comprei uma Poperings Hommel Bier, uma Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer (faixa azul), uma Satan Gold e uma Corsendonk Pater Dubbel. Não lembro quanto deu, mas valeu a pena.
Depois de mais umas voltas vi uma loja chamada The Bottle Shop (Wollestraat 13). Cheguei a entrar rapidamente e havia uma seleção boa de cervejas, mas não quis olhar muito pra não aumentar o prejuízo.
O frio bateu rumei de volta ao hotel. No caminho passei num mercado e garanti a janta com presunto (não sei se o serrano, o das Ardenas, mas era bom), pão e algum patê.
Chegando no hotel coloquei as cervejas fora da janela pra gelar e logo depois provamos a Hommel e a Carolus. Boas demais, especialmente a Gouden Carlous. Uma das melhores que já bebi e extremamente complexa.
No dia seguinte pegamos a estrada para Gent. Eu morei lá por 6 meses entre 2009 e 2010 e tenho um carinho especial pela cidade. Então vou deixar pra contar com mais detalhes na semana que vem, até porque fizemos bastante coisa nesse dia.
Hoje o post está um pouco mais curto, mas semana que vem prometo que não vou economizar nas palavras.
E pra quem chegou agora, não deixe de ler as partes 1 (Amsterdam), 2 (La Trappe e Achel), 3 (Rochefort e Orval), 4 (Chimay) e 5 (Mont des Cats, St. Bernardus e Westvleteren).
Valeu!
Trajeto do dia
Cervejas relacionadas
Na De Halve Maan
- Brugse Zot Blond
No Hotel Olympia
- Poperings Hommel Bier
- Gouden Carolus Cuvée Van de Keizer Blauw
Daniel,
Muito legal a agenda da viagem, e essa parte de chegar no Valhalla cervejeiro foi muito bacana, foda é saber que o preço não era o “local” e sim o “turistico”.
PS: Ramón é bom pra cacete….
Abç
Guzzon
Fala Guzzon!
Deu trabalho fazer esse roteiro, mas fiquei bem satisfeito com ele =)
E Jamón serrano é bom, mas o presunto das Ardenas pra mim é o melhor de todos!
Abraço
Fiquei muito curioso para conhecer a “Lupolândia”. Sempre acho que o lúpulo poderia ser mais aproveitado como especiária na culinária. Bom, talvez seja e eu que não saiba.
Todo mundo recomenda Bruges, mesmo quem não gosta de cerveja. Deve ser mesmo incrível.
“A Tai estava cansada e sem ânimo para sair à pé na chuva e no frio, então peguei o casaco, o guarda chuva e fui caminhar”. Essa é uma dica valiosa para todas as viagens em duplas, quando um está cansado o outro vai sozinho 😀
Esse cálice de Orval é de dar água na boca!
Aguardando a próxima semana.
Ficaram bem legais as fotos com as bordas verdes!
Fala Anselmo!
Bruges é bem legal mesmo e não precisa de mais que um dia pra ver a maioria das coisas.
Pois é, não tem mal nenhum em passear um pouco sozinho enquanto o outro descansa, até porque cada um tem seu tempo =)
Essas taças trapistas são bonitas demais, estão em destaque aqui na cristaleira. Falta só a Rochefort das belgas.
E as bordas verdes foram inspiradas nas tuas edições! hehe que bom que vc curtiu.
5a tem mais!
Abraço
Pqp… quanta coisa, quanta vontade rs… Foda, vai escrever um livro né? Rs
Fala Luquita!
Um livro é uma boa hein. Mas preciso juntar mais material… acho que tenho que viajar mais, pra fins de pesquisa, claro hehe
Abraço