Esta semana vamos aproveitar para falar de um lançamento nacional e em um estilo que gera muitos debates, a american lager. Este estilo conhecido aqui no Brasil simplesmente por Pilsen, muitas vezes é tratado com desdém por aqueles que começam a trilhar o caminho das cervejas especiais, mas é inegável que as American Light Lagers e American Lagers ocupam mais de 95% do nosso mercado e são a força motriz do mercado cervejeiro aqui e na maioria dos países.
Mas não vamos falar de cervejas mainstream, hoje veremos que não é necessário ser uma Pilsen Alemã ou Tcheca para ser uma Lager de qualidade.
Kirin Ichiban.
Dados Técnicos:
Cerveja: Kirin Ichiban
Estilo: American Premium Lager
Teor: 5,0%
País de origem: Brasil
Embalagem: 355 ml vidro
Para aqueles que já conhecem a versão importada desta marca vale notar alguns detalhes na versão nacional. É mantido o uso somente do malte da primeira prensagem, porem temos uso somente de malte de cevada na versão nacional.
Quando servimos encontramos uma cerveja amarela, brilhante e com uma espuma branca que se apresenta muito bem, estável e com boa formação.
No aroma as notas de malte estão em primeiro plano, enquanto as sutis notas herbais de lúpulo surgem em segundo plano.
No paladar temos o equilíbrio entre as notas de malte e a presença do lúpulo herbal, que traz um amargor baixo porem presente.
Estas notas de lúpulo herbal ganham mais destaque no aftertaste onde encontramos um amargor ainda mais presente e com uma persistência agradável, isto aliado a boa carbonatação da cerveja nos trás uma sensação de refrescância, esperada para o estilo.
Temos neste rótulo uma cerveja autêntica em sua proposta, com notas de malte e lúpulo equilibradas e com final herbal, levemente amargo e refrescante.
Para harmonizar com esta cerveja vou usar dois parâmetros, o sensorial e o conceitual. Sensorialmente temos uma cerveja leve, refrescante e equilibrada enquanto conceitualmente temos uma cerveja de origens orientais e que preza estas raízes.
Então, sugiro um temaki de atum com cream cheese, que respeita o conceito oriental e que sensorialmente é suave e equilibrado como a cerveja.
Prost! Ou como diria o Rica… Kampai!
Fabrizio Guzzon
Sugeri uma correção no último Comentário:
“Então, sugiro um temaki de atum com cream cheese, que respeita o conceito oriental e que sensorialmente é suave e equilibrado como a cerveja.”.
Para conceito oriental o cheese nunca está presente nos sushis em geral, isso é coisa de americano que brasileiros copiam com maestria…
colocar cheese nos sushis para japoneses é como fazer uma caipirinha de sprite para brasileiros.
valeu++
hahahaha….
Tem razão, Fábio.
Apesar de eu achar que o Temaki que o Guzzon combina com a cerveja, realmente o prato é mais americano do que japa.
Abração!
Provei outro dia e não gotei muito,
Morei algum tempo no Japão e tomei também a Kirim importada aqui no brasil.
Esta nacional está muito fraca, a importada é muito melhor.
Minha opinião:
-Muito suave perto da importada, falta corpo.
-Carbonação está muito alta.
-Retrogosto de nada, não sinto o gosto de pão como na importada.
-A cor é mais clara que a importada;
-Espuma sumiu rapidamente, não é cremosa.
Eperava por este lançamento há algum tempo mas fique decepcionado.
Confirmado o valor no Zaffari de SP, R$ 4,99.
Um preço justo para a cerveja…
Muito bom, Guzzon. E ela já aparece em grande quantidade nos supermercados por aqui, como o Zaffari. Agora, desde quando cream cheese respeita conceito oriental? Isso é coisa de japonês/americano! 😀
Fala Anselmo!
O temaki respeita o conceito junto com o atum, o cream cheese entra para compor a harmonização e trazer suavidade ao prato… E essas mudanças é coisa de brasileiro… pelo não não falei para harmonizar com sushi de manga… rsrsrs
Hahaha… Mas com mangá daria um ótimo Sushi Califórinia, mais japonês que Cream Cheese. Eu comprava a Ishiban de vez em quando nos supermercados da Liberdade por um preço meio besta, bom saber que agora ficou bem mais fácil de achá-la.
Excelente Review, Guzzon. Parabéns!
Eu gosto dos rótulos da cervejas Premium japonesas. Os desenhos me lembram as tatuagens Yakuzas… hahahaha…
Quanto à Kirin Ichiban fiquei curioso para experimentar. Principalmente porque “Ichiban” significa “Em Primeiro Lugar”.
Acho q a gente só tem a ganhar com mais opções que o mercado oferece. Mas essa, como vem do Japão, já ganha uma tampinha a mais na nota…. rsrsrs…
Vamos aguardar pra experimentar! É a partir deste mês que ela será (ou está sendo) produzida?
Quando estará à venda?
Kampai!
Fala Rica!
A produção começou no mês de Fevereiro, para que começasse a ser comercializada em março. Creio que em São Paulo o Supermercado Zaffari já tenha ela disponível nas prateleiras, mas em pouco tempo estará nos demais também.
E sim, Ichiban é “em primeiro lugar”, e a Kirin Brewing trata essa cerveja como a primogênita deles.
Legal!
No fds vou dar uma passada lá pra procurar.
abração.
Ricardo.
O Ichiban não se refere a ser a cerveja número 1.
Vem de Ichiban Shibori .
Shibori aqui se refere a prensagem. Como a própria matéria diz, ela utiliza somente
malte de primeira prensagem.
Boa Paulo!
Obrigado pela correção. Acho que fui induzido pelo nome da Cerveja.
Faz todo sentido mesmo o que você falou!
Abração!
Aee, Guzzon, ótimo review! Eu tomarei a Kirin e acho ótimo que a variedade de rótulos mais acessíveis estão entrando no mercado brasileiro!
Valeu Kat!
E no ritmo que o mercado brasileiro de cervejas especiais esta crescendo, é saudável para o mercado que tenhamos cada vez mais diversidade e opções, tanto nacionais quanto importadas!
Abraços
Guzzon
Só imagino as centenas de sushibars e karaoke cheio dessas cervejas. Torcendo para que o preço seja acessível.
Maicon, com certeza os restaurantes orientais, karaokês e outros locais com temática oriental que hoje buscam opções importadas para ter uma cerveja, terão uma opção de muita mais fácil acesso e que se mantem fiel ao conceito deles.
E também espero que isso aconteça… rsrs
Abraços
Guzzon
Grande Guzzon,
Review mais modesto e honesto do que certos que andei vendo por ai, que são bastante marqueteiros rs. Bom essa cerveja vai ter que me conquistar ainda viu, pq a versão importada não o fez apesar que tomei só a em lata.
Espero que mantiveram a tampinha original tb, rs. Se não vou ter que correr atrás da importada… alias seria uma boa para fazer uma comparação!
Não sei se foi um bom investimento da Kirin. Talvez os restaurantes orientas comecem a adotar essa cerveja mas duvido que outros locais deixem de usar Heineken e Stella.
Abraços.
Uma coisa que pode influenciar bastante nessas decisões é o valor… sabem quanto está custando por aqui?
Abs.
Renato Martins
Ainda não tenho exemplos reais do valor de venda desta cerveja no mercado, mas imagino que a long neck em um super mercado vá ser vendida entre 4 e 6 reais. Um valor próximo a Stella e Eisenbahn.
Verdade… preciso provar essa…fiquei curioso.
Grande Luquita!
A versão nacional é um pouco diferente da importada, principalmente por usar somente malte de cevada, todo o restante, inclusive os processos de produção, foi respeitado.
E o mercado de cervejas especiais ainda cresce muito no Brasil, uma Premium Lager como esta tem espaço não só em restaurantes, mas em mercados e empórios. É mais uma opção para quem busca uma cerveja puro malte para ter na geladeira.
Nessa parte vc tem razão Guzzon, a Kirin aposta alto e tem as fichas para isso! O importante é ter a qualidade, veremos, logo mais vou comprar e faço questão de ir lá pra liberdade buscar uma importada!
Lucas, depois que você provar a nacional e importada avisa oq achou. Gostei muito da nacional e mas não bebi a importada.