Viajar é bom, mas chegar em casa é melhor ainda!
Hoje finalizamos a viagem com um dia em Rotterdam se segurando nos cantos pra não ser levado pelo vento e mais alguns dias em Amsterdam passando na Heineken Experience e na Brouwerij’t IJ.
Depois de conhecer a Zundert no post passado, partimos para Rotterdam, a cidade do Erasmo de Roterdã, e mundialmente famosa pela sua arquitetura e prédios modernos.
Já na chegada passamos de carro por baixo das casas cúbicas e estacionamos num estacionamento público, perto do hotel. Ficamos hospedados no easyHotel Rotterdam City Centre (52 euros com impostos sem café da manhã). Esse hotel pertence ao mesmo grupo da companhia aérea easyJet e segue a mesma linha: só aquilo essencial, sem agregados que encarecem o preço. O quarto é bom, mas muito pequeno. As malas tiveram que ficar no pequeno corredor entre a porta e a cama, mas o banheiro é até espaçoso e o chuveiro deu conta do recado. Além disso, ele fica a poucas quadras dos principais pontos turísticos da cidade (tirando a ponte de Erasmo de Roterdã – Erasmusbrug) e de uma rua-calçadão cheio de lojas e com um supermercado Albert Heijn.
Aliás, esqueci de dar essa dica nos outros posts, mas principalmente na Holanda, a rede AH (Albert Heijn) é muito grande e tem bastante variedade e coisas boas. Já na Bélgica, recomendo os mercados Delhaize, principalmente os patês de atum, salmão e outros que acompanham muito bem uma baguete no café da manhã ou na janta.
Na Bélgica ainda existe o Colruyt, que é tipo um mercado atacadão, com bons preços e vende tanto produtos em fardos quanto em unidade.
Em ambos os países não podemos esquecer do já conhecido Carrefour, que não tem segredo. Existem ainda os Lidl e Aldi, que são mercados mais low cost, onde você não encontra muitas marcas conhecidas. Pelo que eu sei, eles fazem o seguinte (um exemplo): uma fábrica vende 8 caixas de um produto X pra alguma marca famosa, mas o custo de produção seria o mesmo ou vale a pena fabricar 10. Então o Lidl e o Aldi compram esses 2 restantes e embalam com uma marca deles, exclusiva e desconhecida. São produtos geralmente bons, mas é uma compra às cegas da primeira vez. Sem contar que a disposição dos produtos nesses mercados é meio bagunçada. Mesmo assim, salva vidas e euros.
Mas o mais importante de tudo: NÃO ESPERE SACOLAS PLÁSTICAS!!!
Ou você põe tudo numa bolsa ou mochila, ou terá que comprar sacolas plásticas. Elas são grandes e resistentes, dá para reaproveitar muitas e muitas vezes e custam muito pouco (coisa de 10 centavos). Eu comprei algumas para usar aqui no Brasil e diminuir meu consumo de sacolinha plástica.
Bom, voltando pra viagem, em Rotterdam ventava demais, a ponto de ser difícil andar na rua. O aeroporto de Amsterdam estava fechado inclusive por causa dos fortes ventos e chuva. Mesmo assim saímos para conhecer o Markthal.
O Markthal é um mercado público cheio de lojas de comida e restaurantes, mas o mais impressionante é o prédio gigantesco e em formato de U invertido. Demos umas voltas e do outro lado do mercado, pela vidraça gigante pudemos ver outros marcos arquitetônicos da cidade: as casas cúbicas e o prédio com formato de lápis (Blaaktoren).
As Casas Cúbicas são ocupadas e tem desde cabeleireiro até gente morando mesmo lá. Deve ser impossível comprar um móvel para elas, mas se tem gente morando não deve ser ruim não. Parece que há uma delas que é possível visitar, mas não encontramos. No entanto dá para andar no meio delas tranquilamente e foi isso que fizemos.
Na hora de voltar pro hotel, a chuva decidiu se unir ao vento e aí nosso mini-guarda chuva foi pro lixo! Tivemos que ficar uma meia hora escondidos em uma das saídas da estação do metrô e passando frio esperando a chuva passar até que pudéssemos andar na rua novamente. Turista sofre!
De volta no hotel, fechamos o dia estreando minha taça da Zundert na própria cerveja. Depois finalizamos com uma Satan Gold e uma Corsendonk Pater Dubbel.
No dia seguinte saímos de volta para Amsterdam. Paramos no apartamento do Breno (meu amigo que mora lá – veja o post 1 para entender) e descarregamos a “mudança”. Devolvemos o carro lá perto do aeroporto e logo estávamos novamente no centro de Amsterdam dando umas voltas.
Nossa missão agora era comprar o Lego dos Simpsons, que foi lançado no ano passado e que custa absurdos aqui no Brasil. Encontramo lá por uns 220 euros mas não compramos no início da viagem porque é bastante grana e poderia fazer falta. Tínhamos o dinheiro, mas fizemos aquilo que não se deve fazer numa viagem: esperamos para comprar no fim.
Essa é uma dica valiosa: se você encontrar algo que gostou muito e quer comprar, compre! Se não já era! Não encontramos mais o Lego dos Simpsons em lugar nenhum!!! Fomos a umas 5 lojas de brinquedos e nada. Deu vontade de voltar para Rotterdam e comprar lá no Bart Smit, que a gente tinha visto no dia anterior. Mas paciência, não era pra ser.
Voltamos para a casa do Breno e fechamos o dia com uma janta e cervejas. No dia seguinte visitamos a controversa Heineken Experience. Controversa porque é caro e é Heineken, nada demais. Os holandeses mesmo não gostam da marca, dizem que é puro marketing. Mas a visita é divertida, na primeira fábrica deles e que hoje é o museu. Acho que vale a pena conhecer, mas não vale fazer mais de uma vez. Tem uma degustação e quem responde as perguntas corretamente ganha mais um copo. O cara perguntou o que dava o aroma na cerveja, respondi “Hops!” e ganhei um copo cheio a mais. Quando você entra no passeio ganha uma pulseira verde com 2 botões, que podem ser trocados por cerveja no final, então no fim acabei tomando 4 copos de Heineken, deu pra dar uma alegrada.
Saindo de lá pegamos o Tram na frente do Heineken Experience, do outro lado do rio, sentido “direita”. Não lembro no número do Tram, acho que era o 10. Enfim, o destino era a famosa Brouwerij’t IJ (cervejaria “éi”, o nome do rio que passa atrás dela).
A cervejaria fica num moinho e posso estar errado, mas acho que é o único de fácil acesso dentro de Amsterdam, então isso só já vale a visita. Lá dentro paredes com garrafas muito antigas de cerveja, tinha até a nossa Skol. Você pede a cerveja no balcão das chopeiras (e paga na hora) e a comida pede em outro balcão, ao lado, onde vende os souvenires também.
Pedi a tábua de degustação que vinha 5 cervejas: Plzen, Natte, Zatte, Ijwit e Columbus e a Tai foi de IPA. Depois ainda tomamos uma PaasIJ, uma West Coast IPA, uma Ciel Bleu e uma Citra Session Ale. Os estilos das cervejas eu ponho na lista no final.
Comemos também um salame sensacional! No cardápio diz que é feio pelo melhor açougue da cidade. Muita carne e bem temperada, recomendo.
Ficamos um bom tempo lá dentro, curtimos muito. Na volta passamos pelo Red Light District e estava um pouco cedo, não tinha muitas “atrações” nas vitrines.
Acabamos não visitando o navio que tem na cidade, da época da Companhia das Índias Orientais, mas fica pra próxima.
Fechamos a tarde com mais algumas compras de roupas e passamos em uma loja de ferragens para comprar plástico bolha. Muita gente enrola as cervejas e copos em meias, roupas, etc, mas eu prefiro me garantir com muito plástico bolha.
Já de volta no Breno enrolamos as cervejas e copos no plástico, arrumamos as malas e não tinha espaço pra mais nada! Nunca 23 kg foram levados tão ao limite.
Mais umas cervejas e já era de manhã. Saímos de madrugada para o aeroporto. Destino: Paris-Guarulhos-Floripa. E realmente, teve uma mala que pesou 22,9 kg na hora de despachar. Vitória!
Problema só em Guarulhos, porque não queriam despachar nossas malas. Voo nacional só 1 mala por pessoa e estávamos com 3 no total, ou seja, teríamos que pagar 23 kg de excesso de bagagem. O problema foi que comprei separadamente os trechos Floripa-Guarulhos e Guarulhos-Paris-Amsterdam, no intuito de economizar. O trecho doméstico diluí com milhas e pontuações, mas aí os caras te ferram na hora do check-in. Depois de muito argumentar que viemos de voo internacional, acabou dando tudo certo e por sorte não tivemos que pagar o excesso de bagagem.
É isso aí pessoal, acabou a viagem. aaaahhhh 🙁
Mas chegar em casa depois de uma longa viagem é bom demais! Já estamos planejando a próxima e se me permitirem volto aqui pra relatar tudo novamente.
Espero que tenham gostado e que aproveitem as dicas. Se precisarem de mais esclarecimentos é só dar um toque. Me achem no Facebook que conversamos de boa.
Muito obrigado ao pessoal do Beercast Brasil que disponibilizou o espaço para que eu pudesse compartilhar a viagem com vocês.
Valeu!
Cervejas relacionadas
No easyHotel Rotterdam
- Zundert (Belgian Tripel)
- Satan Gold (Belgian Strong Pale Ale)
- Corsendonk Pater Dubbel
No Heineken Experience
- Heineken
No Brouwerij’t IJ
- Plzen (Belgian Blonde)
- Natte (Dubbel)
- Zatte (Tripel)
- Ijwit (Witbier)
- Columbus (Belgian Strong Pale Ale)
- IPA (Belgian IPA)
- PaasIJ (Helles Bock)
- West Coast IPA (Belgian IPA)
- Ciel Bleue (American IPA)
- Citra Session Ale (American IPA)
Na casa do Breno
- Anchor IPA
- Bad Beard Brewing – Ut Bittere Eind (IPA)
- Delirium Argentum (Belgian IPA)
- Flying Dog Raging Bitch (Belgian IPA)
- Flying Dog Snake Dog (IPA)
- Oedipus Mannenliefde (Saison)
- Duvel Tripel Hop 2015
- Kasteel Tripel
Grande Daniel,
Uma pena que acabou a viagem, vou ter que ler tudo de novo para me preparar! Já tinha comprado cerveja em viagens antes, mas nunca copos, e sua dica do plástico bolha vai ser essencial para a viagem que vou fazer no fim do ano. Tava aqui quebrando a cabeça pensando se as taças não iam quebrar no voo. Afinal, os aeroportos tem um cuidado tremendo com nossa bagagem né?
Uma dúvida só que eu tenho, dá pra se virar bem lá só com inglês? Não falo nada de holandês! hahaha
Grande abraço! E obrigado pelos relatos que vão ser de ENORME ajuda!
Fala Luís!
Pois é, uma pena que acabou, mas o bom é já começar a planejar a próxima.
E quando fizeres a tua escreve aqui que vou querer saber também, ainda quero voltar muitas vezes pra Bélgica.
Então, os copos da Westvleteren vieram dentro da caixinha que comprei eles. Não fiz nada, só dei uma compactada por dentro com bolachas de cerveja e enrolei a caixa no plástico. Preciosismo, mas chegou tudo certo.
Os copos sem caixa foi só no plástico mesmo, muita fita pra deixar bem preso e posicionado estrategicamente fora dos extremos da mala. Pessoal de aeroporto é fogo!
Cheguei até a colocar papelão nas partes mais frágeis da mala pra dar uma reforçada hehe
Sobre a língua, na parte “flamenga” praticamente todo mundo fala inglês, já na parte francesa é mais chatinho, às vezes vai ter que ser na base da mímica.
As embalagens nos mercados tem tudo escrito em pelo menos 2 línguas: holandês e francês. Algumas vezes você acha coisas em alemão e inglês também, mas recomendo você baixar os pacotes de língua holandês e francês pro app do google translate pra usar offline e dar aquela traduzida rápida quando você ler que um negócio é uma “eiersalad – salade aux oeufs” e não souber o que é “ei” ou “oeufs” (ovo).
Abraço!
Toda grande cidade tem o seu Albert Heijn, um tremendo quebra galho também para os turistas. O Blaaktoren é inclinado ou ilusão de ótica da foto? Sim, é importante comprar as coisas logo que encontrar, porque se não nunca mais as verá novamente na vida. Saudades do Brouwerij’t IJ!
Muito bom todo o relato, Daniel, me diverti lendo durante todas estas semanas e imagino que será muito útil a quem pesquisar na web por dicas de viagem cervejeira. As portas estão abertas pra qualquer texto que quiser postar Beercast. Valeu por toda simpatia!
Fala Anselmo!
Valeu pelo comentário. Vou voltar aqui sempre que tiver algo de interessante pra relatar então =)
E o Blaaktoren não é torto não, o fotógrafo que é hehe
Abraço!
Sim , por favor! Você tem muito monte de histórias cervejeiras que ficariam bem contadas aqui!
Acabou a tortura… e por incrível que parece com Heineken hahahaha!
Cara Lidl e o Aldi são mercados alemães e confiáveis, pq são alemães rs.
Fiquei curioso com esse set dos Simpsons cara pra caralho heim… mas economizou rs.
Valeu pelo ótimo guia, agora espero seguir os seus passos!
Fala Luquita.
Acabooouuu! É tetra!!!
Heineken na humildade… aliás, sempre tem aqui na geladeira, principalmente pra Taíse não acabar com meu estoque das outras hehe
Fala aí, acertei na história do Lidl e Aldi? É isso mesmo o negócio da compra da produção e tals?
São mercados bons sim, mas tu nunca sabe direito o que tá comprando até chegar em casa e provar.
Valeu!
Grande Daniel!
Então agora acabou a ostentação… rsrsrs
Muito bacana Rotterdam, a arquitetura é um show a parte. E quando viajei fiz quase a mesma coisa que você, acabei deixando para procurar algumas coisas que eu queria somente nos ultimos dias… acabei não achando, a dica de procurar e comprar quando puder, mesmo que seja no começo da viagem é muito válida.
E essa história das malas eu já vi outra pessoa com o mesmo problema… na hora de fazer a conexão de uma viagem vindo do exterior teve que perder um bom tempo para explicar… mas ainda bem que deu tudo certo para você.
Vamos ver quais serão os outros relatoso de viagem, espero que para algum lugar mais ao nosso alcance, como Pomerode…. rsrsrsrs…. assim passamos menos inveja…. rsrs
Abç
Guzzon
Fala Guzzon!
Poiseh, na outra viagem que fiz em 2013 encontrei uma jaqueta na Zara. Aí deixei pra comprar no fim da viagem, em outra cidade, afinal “toda loja de departamento é igual”… cheguei no fim da viagem, quem disse que achei a jaqueta? hehe
Então, se o pessoal curtir eu continuo os beertours. Blumenau, Pomerode, na região aqui não falta opção.
Abraço!