Tem alguém lupulando por aí?

Até pouco tempo atrás, o tal do lúpulo não era quase conhecido, se o seu nome fosse mencionado, a cara de interrogação era geral.

Quanta mudança!!!

Lúpulo - Humulus lupulus

Lúpulo – Humulus lupulus

Hoje tem até adjetivo com o nome dele – lupulomaníacos. E eu até acabei de inventar um verbo (pelo menos acho que inventei): lupular, que seria tomar uma bela (ou até mesmo zuada) cerveja IPA americana… aquele aroma cítrico, um amargor intenso, na maioria das vezes bem persistente.

 

Hildegard Von Binden

Hildegard von Bingen

A cerveja já era produzida há milhares de anos quando esse ingrediente foi introduzido. Inicialmente, adicionava-se ervas e especiarias para temperar a cerveja, até que lá pelo século XI  o lúpulo se evidenciou, principalmente por suas propriedades de conservação. E foi uma mulher (ponto pra nós!), Hildegard von Bingen, a pioneira nos registros lupulescos.

Ele é grande responsável pelo aroma e amargor da cerveja, além de proteger a cerveja de contaminações, ajudar na formação de espuma e no retardamento da turbidez. A variedade é enorme, e terroir é responsável pela sua composição, incluindo aí os óleos essenciais, componente  que confere o aroma:  cítrico, floral, terroso, herbáceo, codimentado.

Mas gostaria de ressaltar aqui que, apesar desse ingrediente estar em destaque nos dias atuais, não só de lúpulo vive uma boa cerveja.  Todos os ingredientes são responsáveis pelo resultado final, e pode-se descobrir aromas e sabores incríveis nos diversos estilos de cerveja, inclusive nas menos ou quase nada lupuladas.

Aqui pelo bar e nos bate papos por aí, percebo muito a tendência de relacionar boa cerveja com lúpulo exaltado, tanto que as cervejas americanas estão em alta.

Rótulos

Vos convido a explorar os estilos, conhecer as escolas, apreciar as cores, aromas e sabores. Com certeza as descobertas serão ricas e surpreendentes!