Esta semana vamos visitar uma cerveja que faz uma homenagem a um poeta escocês, com a Robert Burns.
Esta cerveja é produzida pela Belhaven, uma cervejaria escocesa fundada em 1719, mas que foi adquirida pela conhecida Greene King em 2005.
A cerveja é uma homenagem a um famoso poeta escocês, que dá o nome a cerveja. Robert Burns (1758-1796) é conhecido como “Um dos maiores líricos da poesia universal”, palavras de Jorge Sena. Lendo as críticas e resenhas sobre as poesias de Robert Burns vemos algumas palavras que aparecem com frequência: Liberdade, erotismo, malicia, tom popular.
Olhando estas palavras, eu tenho quase certeza que Robert Burns escrevia suas poesias no ambiente do bar, que também compartilha de todos estes adjetivos.
Robert Burns
Dados Técnicos:
Cerveja: Robert Burns
Estilo: Brown Ale
Teor: 4,2%
País de origem: Escócia
Embalagem: 500 ml
Nota: 3,75
Ao servirmos a Robert Burns vemos uma cerveja castanha claro, com sutis reflexos vermelhos. A espuma se forma com boa qualidade e persistência.
O aroma é suave e delicado, que se apresenta aos poucos. As notas iniciais remetem a malte e um suave caramelo. Mas em segundo plano encontramos notas de café fresco e chocolate ao leite.
Ao provarmos temos uma cerveja de corpo e carbonatação médios. Enquanto que no paladar encontramos notas de torra suave, notas de café com leite, suave caramelo e malte discreto. Em segundo plano uma suave nota terrosa, toffe e mosto adocicado.
O aftertaste prima pelas notas de café, toffe e leve caramelo, aliado a um suave amargor que fecha a experiência da cerveja.
Após provar a Robert Burns a palavra que me vem à mente para descrever a cerveja é elegante. A maneira como os aromas e sabores se apresentam são sutis, mas sem abrir mão da complexidade.
Para a harmonização quero aliar duas características da cerveja, sua origem e a elegância do conjunto de aroma e sabores.
Minha sugestão é harmonizar com o pudim de pão e manteiga inglês, uma sobremesa típica do reino unido que além de usar os pães amanteigados usa creme de baunilha. E é nesta última parte que apoio a harmonização, usando o creme de baunilha para realçar a percepção de caramelo, toffe e café com leite da cerveja.
Prost!
Fabrizio Guzzon
As Belhaven são fáceis de achar por aqui, Guzzon. E acho que representam muito bem os estilos inglesas. Essa aí ainda não conheço. E muito boa a sua analogia pra chegar a conclusão que o Robert Burns escrevia poesias no ambiente do bar, hahaha.
Grande Anselmo.
Sim, já havia tomado algumas da Balhaven, mas essa foi nova para mim. Acho que são cervejas bastante consistentes e falam muito da escola inglesa.
E convenhamos que bar é ambiente de criação…. rsrsrs
Abç
Guzzon