Boa Cerveja-Feira #251… Floris Kriek

E entramos no período de festas de final de ano, e para entrar neste clima vamos conhecer uma cerveja pode ocupar um lugar a mesa do Natal, a Floris Kriek.

A marca é relativamente nova no Brasil, e é feita pela Brouwerij Huyghe, que já conhecemos pela fabricação da cerveja Delirium. Inclusive com um Pub na região Pinheiros de São Paulo.

Esta Fruit Beer tem como receita base uma Witbier, e é por conta do uso do malte de trigo que a cerveja tem um aspecto opaco. Enquanto que o uso de cerejas selvagens, torna a presença da fruta bastante marcante. A linha Floris ainda apresenta várias outras versões, com diversas outras frutas.

O único aspecto da cerveja que me atrapalhou foi o dulçor excessivo, que faz com que ela fique um pouco enjoativa. Mas pelo valor, menos de 20 reais, ainda temos um custo benefício para uma cerveja belga que vale a pena provar.

Floris Kriek

Floris KriekDados Técnicos:

Cerveja: Floris Kriek
Estilo: Fruit Beer
Teor: 3,6%
País de origem: Bélgica
Embalagem: 300 ml
Nota: 3,25

No copo a Floris Kriek é vermelha escura, com reflexos rubi e opaca contra a luz. Já sua espuma se forma levemente rosada com boa formação e bastante persistente.

O aroma de cerejas surge em primeiro plano, mas remetendo a bala de cerveja até mais que a fruta em si. Em segundo plano encontramos uma presença muito suave de malte e um toque mais presente de açúcar de confeiteiro. Este que provavelmente tenha gerado a percepção de aroma de bala para a cereja.

Ao provarmos temos uma cerveja de corpo baixo e alta carbonatação. Enquanto que no paladar as notas de cerejas e frutas vermelhas surgem destacadas em primeiro plano acompanhadas por um dulçor pungente. A acidez ocupa o segundo plano, surgindo de maneira discreta mais ao final.

O aftertaste é adocicado trazendo a presença de cerejas e uma leve acidez, e se mantendo presente por um longo tempo.

A Floris Kriek é uma Fruit Beer que agradará o paladar daqueles que gostam de uma cerveja mais doce e frutada. A acidez em segundo plano ajuda a combater o dulçor no aftertaste.

Para a harmonização tive em pensar como trabalhar o dulçor destacado desta cerveja, mas de forma a não deixar ela ser apagada pelo prato.

Minha sugestão é harmonizar com uma peça de queijo brie no réchaud. Minha expectativa nesta harmonização é que a cerveja ocupe o papel da geleia de frutas para acompanhar o queijo. Desta forma deixamos o leve amargor da casca contrastar com o dulçor, dando espaço para acidez frutada ganhar espaço.

Prost!

Fabrizio Guzzon