Desta vez, vamos para o interior do estado de São Paulo, mais especificamente para a cidade de Piracicaba/SP, minha terra natal (logo, vou puxar sardinha mesmo) e conhecida nacionalmente pelo apelido de “terra da pamonha” (ou você nunca ouviu um carro na rua anunciando as pamonhas de Piracicaba?) ou como é chamada pelos gentis habitantes, “Noiva da Colina”.
A cidade situa-se a 164 km da capital do estado, têm aproximadamente 400 mil habitantes e tem a economia baseada na produção de açúcar e álcool (é um dos maiores polos do mundo), além de indústrias no setor metalúrgico, alimentício, automotivo, etc. Possui grandes universidades com a ESALQ (campus da USP), UNICAMP (odontologia) e a UNIMEP.
O rio que corta a cidade dá a letra para uma das músicas caipiras mais famosas do Brasil: “Rio de Lágrimas” que fala sobre o Rio Piracicaba. É também neste rio que ficam os principais pontos turísticos da cidade como o Engenho Central, a Passarela Pênsil, as quedas do rio e a Rua do Porto. É possível visitar também bairros rurais como Santana e Santa Olímpia, com influências tirolesas, onde existe fabricação artesanal de vinho, grappa e cachaça. E para honrar a fama da pamonha, existe a Festa do Milho no bairro de Tanquinho, que ocorre anualmente no mês de Março.
Outrora, Piracicaba já foi famosa pela produção de cachaça, mas ultimamente são as cervejas que vêm ganhando destaque no mercado. A cidade conta hoje com 3 cervejarias:
Cevada Pura
Fundada em 2001, é a primeira cervejaria da cidade e a mais conhecida e lembrada por seus habitantes. A Cevada Pura é uma cervejaria com escopo mais regional e com pouca distribuição para outras regiões. Tem em sua linha de produção as seguintes cervejas: Pilsen (filtrada e não filtrada), Weiss, Stout e IPA.
Conta com um pub próprio no mesmo bairro, com música ao vivo em alguns dias da semana e é bastante frequentado pela população local. Vale a pena uma visita para experimentar as deliciosas cervejas da Cevada Pura.
Dama Bier
Fundada em 2010 e apesar de jovem, vem vivendo momentos muito bons no cenário cervejeiro internacional, onde faturou medalhas com suas cervejas no World Beer Awards, Australian International Beer Awards e também no cenário nacional onde também conquistou medalhas no Festival Brasileiro de Cerveja em Blumenau. Pilsen, Weiss, IPA, München, Stout e ESB, além de outras sazonais e exclusivas como a Smoked Porter, IPA Single Hop, Imperial Coffee IPA, etc.
A fábrica conta com um Gastropub, com vista para os tonéis de fermentação e maturação, mas está em reforma e deve ser reaberto em breve com novidades. É possível agendar visitas com duração aproximada de 1:30 na fábrica aos sábados, para conhecer todo o processo de fabricação e com direito à degustação. Eu já tive a oportunidade de participar e recomendo.
Leuven
Também fundada em 2010, é a cervejaria misteriosa da cidade, pois quase não se ouve falar dela e não é conhecida pela população local. O nome da cervejaria é uma homenagem à uma cidade da Bélgica, de mesmo nome e o slogan da cervejaria é “Alma Belga, Coração Brasileiro”. Conta com 4 rótulos: Golden Ale, Red Ale, Witbier e Dubbel. Não tenho informações sobre a possibilidade de visita à fabrica ou coisas do genêro e também não obtive resposta dos contatos que tentei com a cervejaria.
Para fechar uma visita à Piracicaba, é claro que não pode faltar um almoço na Rua do Porto, que conta com muitos restaurantes com decks com vista para o Rio Piracicaba, cuja especialidade são os peixes grelhados. Recomendo o “Filhote” (ou Piraíba, um peixe de couro, de água doce da bacia amazônica) que não possui espinhos, é muito saboroso e é a especialidade dos restaurantes por ali.
Mas infelizmente, não é possível harmonizar este delicioso peixe com as cervejas produzidas na própria cidade, pois claramente os restaurantes não apoiam as cervejarias locais e ainda mantêm o velho hábito de vender apenas as cervejas de massa e milho. Ainda tenho esperança de que isso possa mudar e os restaurantes possam oferecer aos turistas experiências melhores na culinária de Piracicaba, podendo comer e também BEBER BEM!
Cachará de fórfe, asa de barata, carcanhá de grilo, já que tá que fique.. XV, XV, XV…
O interior paulista tá no meu sangue e no meu coração. Nóis é caipira mas nóis semo gente boa.
To direto ai na rua do porto dando um rolé de moto pra comer um peixe e visitar a Dama.
Parabéns pelo post
XV XV crá crá crá!!!
Sempre vejo umas motocas ali na Rua do Porto! É um bom passeio para um almoço no domingo! Bão pa mai di metro!
Abs,
Matheus
Matheus,
Quando vamos comer um “filhote” em Piracicaba?
Acho que podemos agitar uma visita a Dama e conferir esse peixe na grelha!
Deu fome 😉
Cheers!!!
Podemos agendar!
Podemos visitar a Dama ou a Cevada Pura e fazer um pit-stop na Rua do Porto… tentando fazer o esquema do Guzzon… eu ligo pro restaurante, combino e peço pra levar a cerveja… vai que rola…
Abs!
Matheus
Interior com boa cerveja é o que há de melhor!
Exatamente como o Vinícios falou, o negócio é ficar perto dos locais de onde tem a comida boa e levar o tanque de chope para a praça e ir fazer o churrasco ao ar livre rs.
Ótima dica Matheus, com ctz vai entrar no roteiro para ir visitar!
De fato! O clima interiorano, com um churrasquinho e boa cerveja caem muito bem!!!
Abs!
Ótima matéria Matheus!
Falar sobre as cervejarias, e roteiros nacionais, é super importante, até por que ir para Piracicaba para quem é do estado de SP não é difícil.
A Dama Bier eu já conheço a algum tempo, as outras duas somente de nome… vou tentar encontrar ou ir para Pira para provar.
E sobre os restaurantes… isso é uma pena, mas não é incomum. Uma opção é perguntar se o restaurante se importa em você levar a “rolha” e avisar que só come no local se puder beber a cerveja das cervejarias locais. Para quem esta visitando, é uma ótima maneira de começar a dar visibilidade de que é importante ter estas cervejas disponíveis no cardápio.
Fala Guzzon!!! Pretendo explorar bem algumas cidades/locais onde seja possível unir o útil (turismo) ao agradável (cervejas)! 🙂
Com relação à questão da “rolha”, eu nunca tentei… pois sempre estou com mais pessoas e não vou com todo o preparo necessário (cervejas geladas) para questionar isso! Porém, sempre que estou em um restaurante lá, faço questão de pedir uma cerveja local, para que eles sintam ao menos o incômodo em dizer que não possuem… talvez falte também um pouco de incentivo e um bom papo entre as cervejarias e os restaurantes… ambos podem mudar a situação!
Um abraço!
nossa, brochei total com o final da matéria.
Bora fechar rolê pra Piracicaba, a gente pede umas quentinhas no restaurante e harmoniza no banco da praça mesmo rsrs
Bom texto, mega importante falar sobre as cervejarias nacionais… Espero ver um da Amazon em breve =D
Fala Vinicius!
Realmente é frustante! Mas o peixe e ambiente são tão bons que não dá para deixar simplesmente “pra lá”. Acabo pedindo um peixe e bebendo uma Serramalte mesmo… mas poderia ser melhor né?
Sobre Belém talvez possa rolar… preciso investigar mais a fundo sobre a região, pontos turísticos e cervejarias locais…
Abraços!