Esta semana vamos ver gerações trabalhando para termos uma cerveja, a Limburgse Witte
A Limburgse Witte é produzida pela Brouwerij Cornelissen, uma cervejaria belga que remonta sua história desde meados de 1800. A história da cervejaria começa como tantas outras, com a vontade e iniciativa de uma pessoa que quer produzir boa cerveja, a diferença no caso da Cornelissen é que esta vontade é genética e passou de pai para filho.
Cada geração posterior ao fundador manteve a vontade de fazer e vender cerveja viva dentro da cervejaria, melhorando os processos, as estruturas, abrindo as portas para exportação e aumentando o portfólio, tanto que a Limburgse Wiite é uma das ultimas cervejas a serem lançadas pela cervejaria após a década de 80.
Um fato curioso é que no período das décadas de 20 e 30 as iniciais J.C. começam a aparecer em copos, garrafas, bolachas e demais materiais da cervejaria, uma referência ao nome do fundador Jan Mathijs Cornelissen, e por conta destas iniciais tão fortes ligadas a marca que a família adotou a tradição de batizar seus filhos sempre com nomes que começam com “J”, tanto que até hoje eles fazem isso.
- 1ª geração: Jan Mathijs Cornelissen (06/07/1811 – 06/06/1874)
- 2ª geração: Jozef Cornelissen (15/09/1859 – 01/01/1950)
- 3ª geração: Jaak Cornelissen (06/04/1890 – 27/01/1962)
- 4ª geração: Jan Cornelissen (06/05/1924 – 22/07/1979)
- 5ª geração: Josephus Cornelissen (04/07/1950 – vivo)
- 6ª geração: Jef Cornelissen (27/06/1981 – vivo)
- 7ª geração: Jacob Cornelissen (2013 – vivo)
Podemos ver que a tradição de ter o primeiro nome com J pegou mesmo, ou a compra de copos realizada pela primeira vez foi tão grande que estão mantendo as mesmas iniciais a sete gerações e ainda não conseguiram escoar.
Limburgse Witte
Cerveja: Limburgse Witte
Estilo: Witbier
Teor: 5,0%
País de origem: Bélgica
Embalagem: 330 ml
Nota: 3,0
Quando servimos vemos que a Limburgse Witte é uma cerveja em tom amarelo palha, opaca e levemente leitosa com espuma de bolhas pequenas de pouco duração, mas que mantêm uma fina manta de bolhas sobre a cerveja.
No aroma encontramos notas de coentro em primeiro plano, seguida por notas mais suaves de laranja com toque de casca, levemente azedo.
Ao provarmos a Limburgse Witte encontramos uma cerveja de corpo baixo e carbonatação média, enquanto que no sabor temos o frutado com toque laranja, coentro e o adocicado do malte.
O aftertaste se apresenta leve, doce com percepção de laranja e com sabores pouco persistentes.
A Limburgse Witte é uma witbier leve, com toque frutado e levemente azedo que é complementado pelo dulçor de malte que apresenta.
Para harmonizar temos que buscar algo que seja tão suave quanto a cerveja, que se mostra bastante suave.
Minha sugestão é que realizemos a harmonização com espetinhos de mussarela de búfala e tomates cereja, onde buscaremos usar o toque frutado e levemente ácido para destacar a mussarela e as notas de coentro para destacar o tomate.
Prost!
Fabrizio Guzzon
“A Jota chegarás e dele não passarás!”
Mas acho que sua teoria dos copos é mais legal Guzzon.
Ainda não conheço essa wit. Minha lógica pra elas é que quando não são tão boas, vale a pena diminuir a temperatura de serviço e aproveitar a refrescância.
E mais uma vez, Feliz Aniversário velhinho!
Grande Anselmo
Isso eh verdade, deixar a cerveja um pouco mais gelada pode até tirar um pouco do aroma, mas compensa pela refrescanci.
E obrigado pelos parabéns!
Abç
Guzzon
Opa 3,75 aqui, conforme anotei ela estava bem equilibrada e refrescante. Acho que devo ter tomado em um dia quente e isso ajudou na nota rs.
Mas no meu critério de avaliação é apenas uma boa representante do estilo, nd de extraordinário.
Bem legal a história também, valeu Guzzon!
Grande Luquita
Essa cerveja eh bacana, uma boa opção, mas ainda não eh aquela cerveja memorável.
Mas a estória da cervejaria eh bem interessante, e talvez valha provar os rótulos mais antigos.
Abç
Guzzon
Fala Guzzon!
Fui buscar no meu untappd a nota que dei pra essa cerveja e na época foi 4. Não sei se gostei tanto assim ou se nessa época minha escala de tampinhas era diferente hehe
Esses nomes JC da família devem ser uma superstição e quase uma maldição. O cara passa a vida inteira vendo nomes com J e pensando “acho que vai ser esse no meu filho”. Será que não nascem meninas nessa família também?
Legal essa harmonização, vou lembrar disso a próxima vez que tiver uma witbier na geladeira.
Abraço!
Grande Daniel,
Eu gostei da cerveja, mas não achei memorável, por isso minha nota.
Mas essa tradição de nomes deve ser algo que deixa as esposas destes cervejeiros loucas da vida…. Ser “obrigado” a ter o nome começando com J deve ser complicado.
E a harmonização eh simples de fazer e funciona bem.
Abç
Guzzon