Esta semana vamos descobrir o que o velho oeste e a Bélgica tem em comum com a Laguna D’Oro.
Produzida pela cervejaria cigana Juan Caloto na fábrica da cervejaria Blondine em Itupeva a Laguna D’Oro é a segunda cerveja feita pela cerveja. A primeira foi a Wild West IPA, que foi uma cerveja lançada pelo Social Beers via financiamento coletivo e a sua boa aceitação pelo público foi a confirmação que os sócios Marcelo Bellintani e Felipe Gumiero da Juan Caloto precisavam para seguir para a produção de sua segunda cerveja, desta vez lançada por conta própria.
Uma curiosidade é que o estilo Velho Oeste que a cervejaria carrega é visível em seus rótulos e em suas cervejas. A Laguna D’Oro foi indicada pelos sócios da Juan Caloto como uma Western Strong Gold Ale. E se pensarmos que esta cerveja leva levedura america além da belga e dry hopping, colocar o western no nome faz de fato sentido.
Laguna D’Oro
Cerveja: Laguna D’Oro
Estilo: Strong Pale Ale
Teor: 8,5%
País de origem: Brasil
Embalagem: 310 ml
Nota: 3,75
Ao servimos encontramos uma cerveja dourada clara, levemente opaca e com espuma de boa formação e persistência.
No aroma sentimos frutas amarelas suaves como pêssego e ameixas frescas, malte e um dulçor agradável, como açúcar de confeiteiro.
Ao provarmos vemos que a Laguna D’Oro se trata de uma cerveja de corpo médio-alto e média carbonatação, enquanto que no paladar ela se apresenta com sabor de frutas amarelas como pêssego e ameixa, assim como no olfato, alem da presença de um dulçor muito presente que remete a frutas cristalizadas ou caramelizadas e um amargor muito discreto.
O aftertaste se forma seco, frutado e adocicado, lembrando casca de laranja caramelizada, alem da percepção de crisp e um suave condimento que remete a pimenta branca.
A Laguna D’Oro se apresenta uma cerveja com inicio frutado e doce, porem evolui sua percepção para um final complexo com notas frutadas, condimentadas, seco e com um dulçor muito bem inserido.
Para a harmonização vamos deixar a complexidade final desta cerveja ser usada com o prato.
Então proponho harmonizar a Laguna D’Oro com Tainha com castanhas. Vamos deixar as notas frutadas ressaltar a carne da tainha enquanto que o final condimentado e seco irá acompanhar as castanhas, e com o teor alcoólico desta cerveja sabemos que nosso paladar ao final estará limpo para um próximo gole.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Fala Guzzon, cara a Juan Caloto tem uma das melhores identidades visuais, é um trabalho bem completo em volta da marca.
Tomei a Laguna só on tap, lembro que estava bem fresca e fácil de beber, mesmo com 8,5%… foi uma daquelas boas bebedeiras!
Abraços
Grande Luquita,
Também acho o trabalho da Juan Caloto muito consistente… eles tem uma clareza de comunicação da marca que não se vê em qualquer cervejaria. E as duas cervejas deles são bem feitas, acima da média dentro do estilo.
Esta é uma cervejaria que se souber administrar um pouco, nem precisa ser muito, o ímpeto de aumentar a produção as custas outras variáveis, poderá se tornar uma cervejaria referência em algum tempo.
Abç
Guzzon
Grande Guzzon!
Cara, uma strong golden com tainha! Tá cada dia mais requintado isso aqui. E faz sentido, porque é uma carne mais forte, mais marcante e gordurosa então provavelmente a cerveja case bem.
Floripa tem bastante tainha quando é época, é bem tradicional aqui da região e é um peixe que gosto muito, apesar de ainda preferir uma anchova escalada na brasa.
Da Juan Caloto provei a IPA do Social Beers e tem um amigo que ainda tem umas guardadas, então é capaz de eu conseguir provar novamente ainda. No pacote comprei um copo e veio um bigode de mexicano e uma HQ juntos.
Abraço!
Grande Daniel,
Acho tainha um peixe muito bom, pena que não encontramos tanto por aqui… mas é muito saboroso!
Eu havia provado a IPA da Juan Caloto antes e achei muito boa, quando vi esta Strong Pale Ale confiei no trabalho dos caras e comprei, não me decepcionou. É uma cerveja muito boa.
Abç
Guzzon