Esta semana vamos ver que onde há fumaça pode não haver fogo, mas pode ter malte e lúpulo com a Fumaça.
A Fumaça é uma Smoked Lager ou Rauchbier, dependendo da fonte que você encontrar, produzido por uma parceria entre a cervejaria Tupiniquim e a Evil Twin Brewing.
Esta cerveja é uma edição limitada produzida exclusivamente para a WBeer, mas não é a primeira cerveja feita em parceria entre as duas cervejarias, outros exemplos são a Lost in Translation IPA Brett, Ich Bin Ein Berliner, Extra Fancy IPA entre outras.
E a Evil Twin não é única cervejaria que já armou parceria com a Tupiniquim, a Stillwater Artisanal produziu a Clássica Tropical com eles e a norueguesa Nogne e a Colorado produziram a Grande Encontro.
Com estes exemplos vemos que a Tupiniquim alem de produzir boas cervejas, sabe fazer ótimas parcerias.
Fumaça
Cerveja: Fumaça
Estilo: Smoke Beer
Teor: 5,0%
País de origem: Brasil
Embalagem: 310 ml
Nota: 3,75
Ao servimos encontramos um líquido dourado com tom de ouro velho e nuances acobreados, cristalino e com espuma branca de bolhas pequenas e boa duração.
No aroma temos o malte e o defumado em primeiro plano remetendo a bacon e presunto cru, mas sem exagerar na intensidade.
Ao provarmos a Fumaça encontramos uma cerveja de corpo e carbonatação médias, enquanto que no paladar o malte e as notas defumadas se destacam trazendo a percepção de presunto cru e ramón, enquanto que em segundo plano temos notas herbais com amargor suave e final seco.
No aftertaste o amargor e o defumado se equilibram e o final ganha uma presença mais forte das notas de malte.
A Fumaça se apresenta com uma cerveja com notas defumadas e herbais se mantendo refrescante com final seco e agradável.
Para a harmonização a cerveja apresenta duas características que valem a pena serem usadas, suas notas defumadas e a presença das notas herbais.
Por conta disto eu proponho a harmonização com bruschetta de brie com presunto parma. Vamos deixar as notas defumadas presentes no inicio da degustação serem destacadas pelo presunto parma, enquanto que o brie vai dar mais destaque as notas herbais que encontramos no aftertaste.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Boa Guzzon, preciso experimentar mais Rauchbiers boas, em geral são muito fraquinhas.
Sorte que essa não tava contaminada, pois a Tupiniquim teve problemas com Bretta a solta na fábrica, rs.
Abraços
Grande Luquita,
Essa é um dos casos de uma Rauch suave, acho que as alemãs, a da Bamberg e a Smoked Stout da De Molen são fantásticas.
E ainda bem que o lote que provei estava sem bretta…. eu gosto de bretta, mas quando é de proposito…. rsrs
Abç
Guzzon
Fala Guzzon!
Tenho tido a impressão ultimamente que as rauchbier estão começando a ficar mais popularizadas, principalmente agora que o pessoal já se acostumou com as sours. É um estilo que a gente não tem muito costume de beber, mas vejo um movimento de descobrimento delas.
Tomei uma muito boa da Barco no festival em Blumenau, a cervejaria Sambaqui daqui de Floripa está lançando uma e agora essa da Tupiniquim. Tomara que eles decidam vender fora do WBeer, porque fiquei com vontade de experimentar.
Ainda preciso ir atrás da mítica rauch da Bamberg que dizem ser muito boa, né?
Além do mais, deve ser legal cozinhar usando uma rauchbier. Imagina jogar em cima do hamburguer na hora de derreter o queijo, para dar aquele defumado, ou num ensopado de carne substituindo em parte o bacon.
To divagando aqui já, deve ser sede de cerveja hehehe
Valeu!
Grande Daniel,
Apesar de ainda ver estes estilos que usam malte torrado e defumado relegados pelas cervejarias, existe uma movimentação para começar a ocupar este espaço.
mas ainda acho que 70-80% dos lançamentos ficam entre IPAs, Red e cervejas com adição de ervas ou frutas… uma pena, torço para que o mercado veja as cervejas torradas/defumadas com mais atenção.
A Rauchbier da Bamberg é muito boa… muito boa mesmo. Esta tranquilamente entre as 3 melhores Rauch que já provei.
E usar a rauch para cozinhar é muito legal… os aromas e sabores que ela proporciona por vezes substituem vários outros ingredientes.
Abç
Guzzon