Hoje falaremos de uma Pale Ale nacional, a Diabólica Caveira.
A receita original desta cerveja nasceu em 2009 no Paraná para um evento local, dois anos mais tarde a receita foi remodelada e passou a ser produzida sob contrato pela cervejaria Bierbaum de Santa Catarina.
Ainda existe muita divergência de informações a respeito do real fabricante da cerveja. Parte das fontes indicam a Gaudenbier, que na verdade foi a primeira a lançar a cerveja, enquanto que a outra parte indica a Bierbaum que é a cervejaria que detém o contrato de produção da marca.
A cerveja apresenta um conceito de resgatar a alma da revolução industrial e usar esta revolução para apresentar uma cerveja diferenciada.
Diabólica Caveira
Cerveja: Diabólica Caveira
Estilo: English Pale Ale
Teor: 4,4%
País de origem: Brasil
Embalagem: 355 ml
Quando colocamos a cerveja no copo encontramos um liquido ambar cristalino com espuma branca de boa formação e duração.
No aroma notamos o malte em primeiro plano, trazendo notas de biscoito, caramelo e até mesmo chocolate. O lúpulo entra em segundo plano de forma muito mais discreta com notas herbais e florais.
Quando provamos encontramos um liquido de corpo baixo e boa carbonatação e no paladar as notas de malte continuam se sobressaindo, lembrando biscoito e chocolate enquanto que as notas de lúpulo herbal ficam em segundo plano juntamente com o amargor médio baixo.
No aftertaste as notas de malte chocolate ganham algum destaque, juntamente com as notas herbais do lúpulo e um discreto amargor.
Esta é uma cerveja saborosa e fácil de beber, com um amargor baixo para o estilo e com sutis notas de lúpulo, porem com um ótimo drinkability.
Para harmonizar com esta cerveja, devemos ver que mesmo sendo uma English Pale Ale ela apresenta menos álcool e amargor que o esperado, então devemos pensar em pratos com notas mais suaves para não se sobreporem a cerveja.
Neste caso opto por um risoto de alho poro, as notas de malte vão de encontro com o arroz arbóreo enquanto que as notas herbais do lúpulo irão complementar o alho poro.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Essa cerveja não conhecia, mas parece ter inspiração no nome e arte gráfica parecida com a 6,66% que o Daniel citou. Pra mim remete a cerveja Belga, mas aí descubro que é uma EPA. Cada vez mais acho que a influência psicológica do rótulo tem interferência na degustação da cerveja. Isso dá tese de pós-graduação 😀
Anselmo,
Sim, o rotulo tem uma arte que deixa do ar uma cara de aristocracia… e mesmo sem ter um estudo em mãos, tbm acho que o rotulo afeta em muito a degustação, conheço muita gente que ao pegar cervejas que tem “chocolate” no rotulo como a Baden ou a Young’s acha que vai encontrar uma cerveja doce… e acaba sentindo ela mais amarga ainda.
Abç
Guzzon
Eu sou bastante empolgado em tomar as outras cervejas da Bierbaum mas até hoje só tomei as que foram produzidas lá rs.
Gosto dessa e acho o nome bizarro rs.
Vale fazer uma redução de IPA no risoto?
Abraços
Luquita,
O rotulo é praticamente um Walking Dead da era vitoriana… rsrs
E fazer uma redução de IPA para o risoto vale sim… se for uma IPA Inglesa melhor ainda… por conta dos lupulos herbais.
Abç
Guzzon
Opa!
Nossa, a harmonização de hoje está excelente. Deu água na boca… falta um pouco pro almoço e a fome tá grande aqui hehe
Tomei essa cerveja e a Diabólica 6,66% em agosto quando fui em Treze Tílias, SC, no restaurante da Bierbaum, o Edelweiss.
Achei a 6,66% mais saborosa, a Caveira pelo que lembro era menos impactante, talvez mais fácil de beber pra matar a sede.
Lembro de ter olhado a parte de trás do rótulo pra ver quem era o fabricante e realmente ela é feita na Bierbaum, mas não possui a marca deles no rótulo principal. Fica o mistério no ar de quem é o dono dessa cerveja.
Abraço!
Valeu Daniel!
Eu não provei a 6,66%, mas é meio que um consenso entre aqueles que provaram ambas as cervejas que esta releitura é menos impactante em sabor e aroma, uma cerveja mais fácil de se beber.
Particularmente, eu gostaria mais se a cerveja tivesse mais notas de lupulo herbal e um amargor mais expressivo, teria mais “cara” de cerveja inglesa.
Eu acho que se o termo saisson tão usado hoje já estivesse na moda naquele tempo, essa seria uma Saisson English Pale Ale… rsrs
Abç
Guzzon