Esta semana vamos fechar nosso passeio deste ano pelos rótulos da Samuel Adams com a Cream Stout.
E para fechar vamos sair da linha sazonal e partir para a coleção Brewmasters deles, uma linha de cervejas baseada tanto no desafio que os mestres cervejeiros da Samuel Adams colocaram para eles mesmos de sempre buscarem inovarem quanto no conceito que eles têm de que para fazer uma boa cerveja você precisa entender as raízes dos estilos.
A Cream Stout busca atender os dois pontos, é uma cerveja onde se busca trazer algo diferente das foreign e imperial stouts presentes no mercado, ou mesmo tempo que se boa parte do conceito clássico do estilo para chegar ao resultado final.
Cream Stout
Cerveja: Cream Stout
Estilo: Milk Stout
Teor: 4,9%
País de origem: EUA
Embalagem: 355 ml
Nota: 4,25
Ao servir a Cream Stout vemos uma cerveja negra, opaca e com espuma em tom bege e bolhas muito pequenas, se formando medianamente e baixando mais rápido do que eu esperaria, mas ainda mantendo uma fina camada sobre a cerveja.
No aroma as notas de chocolate ao leite e malte tostado se destacam logo no inicio, em segundo plano encontramos baunilha, café e cappuccino e ao final um toque de ameixa seca, nozes e herbal.
Ao provarmos a Cream Stout percebemos uma cerveja de corpo médio e boa carbonatação, enquanto que no sabor encontramos chocolate amargo, café fresco, cappuccino, baunilha e um leve amadeirado, em segundo plano encontramos novamente o toque herbal discreto e o amargor suave de torra que remete a café recém coado.
No aftertaste as notas de café com leite surgem trazendo um amargor suave acompanhado por notas herbais e café verde fechando de maneira delicada e aveludada.
A Cream Stout é uma cerveja com notas que vão desde o café recém coado até o chocolate ao leite, com a presença agradável do amargor de tosta.
Desta vez para a harmonização vamos fugir um pouco da dobradinha clássica de stout com chocolate e buscar outras facetas que podemos usar deste estilo.
Eu proponho harmonizar com risoto de funghi secchi com gorgonzola, a harmonização foi idealizada para contrastarmos as notas salgadas do risoto com as notas de malte e chocolate amargo da cerveja. Curiosamente, alem de termos este contraste, o funghi realçou muito as notas herbais da cerveja no aftertaste trazendo uma boa surpresa a esta harmonização.
E fica uma dica, usem o gorgonzola ao final do preparo no lugar do sal para dar o ponto ao risoto.
Prost!
Fabrizio Guzzon
Acho que você virou sócio da Samuel Adams, só pode ser 😀 Cream Stout é um estilo que também gosto muito. E Guzzon, quando bati o olho na harmonização e li no meio do texto “dobradinha”, pensei, “mas que exótico”. Fui precipitado, hahaha. O risoto de funghi secchi com gorgonzola parece casar superbem com cerveja escura. Parabéns pela escolha Guzzon!
Grande Anselmo,
Rsrs…. ainda não harmonizei com dobradinha e seria mesmo um conjunto bem exótico… rsrs
Eu sempre acho umas caixas de sazonais da Samuel Adams quando viajo, vale muito a pena a compra… sem falar que rende uma bela sequência de artigos… rs
Abç
Guzzon
Caramba, Guzzon!
Esse post deveria ser denunciado à PF, sei lá. São 7h50, ainda não tomei café e vc vem com essa dupla. Só faltou eu sentir o cheiro da cerveja e do prato aqui, porque o estômago está borbulhando hehehe
Stouts são uma família muito legal e que eu visito pouco. Recentemente tomei a Cream Stout da Antares e foi o destaque da noite também.
Esse risoto parece que estava sensacional também.
Me manda essas tampinhas todas de Sam Adams diferentonas hahaha brincadeira
Abraço!
Grande Daniel,
Eu curto bastante as cervejas mais escuras, stouts, portes, bocks e rauchs… mas elas tem menos variedade no mercado hoje que as IPA… qualquer cervejaria tem umas tres ou quatro IPA e talvez não tenha isso somando todos os estilos que citou acima… uma pena para o mercado nacional atual.
Vou mandar uma prévia das fotos para vc para vc poder se preparar para a manhã de sexta da próxima vez… rsrsrs
Abç
Guzzon