Esta semana vamos conhecer uma gose de tirar o nosso chapéu panamá, a Limón Kaffir.
Produzida pela cervejaria panamenha Casa Bruja esta cerveja é uma releitura regionalizada do estilo alemão gose, que ganha toques cítricos por conta do limão kaffir, uma fruta usada na culinária mediterrânea e na indonésia, alem de sal do himalaia e sementes de coentro.
O fundador da Casa Bruja é o engenheiro Jonathan Pragnell, que ao conhecer um brewpub se interessou pelo mundo das cervejas artesanais, iniciou seus estudos e depois de algum tempo mudou dos EUA para a Escócia, onde passou 8 meses trabalhando na Brewdog, para somente após ter conhecimento e bagagem abrir sua cervejaria no Panamá no final de 2013.
O uso das sementes de coentro faz com que em algum momento da degustação a cerveja remeta a uma witbier, mas o sal e o uso de lactobacilos na primeira fermentação garantem o perfil ácido com toque salgado que esperamos de uma gose.
Limón Kaffir
Cerveja: Limón Kaffir
Estilo: Gose
Teor: 4,5%
País de origem: Panamá
Embalagem: 355 ml
Nota: 3,50
Ao servirmos vemos que esta gose se apresenta em tom amarelo palha muito claro, opaca e uniforme com espuma branca de boa formação e persistência.
O aroma se apresenta ácido, com toque levemente frutado de limão, notas condimentadas de coentro e em segundo plano temos notas discretas de malte adocicado, fermento e frutado.
Quanto provamos a Limón Kaffir vemos que a cerveja apresenta corpo baixo e carbonatação média baixa, enquanto que no paladar encontramos a acidez destacada pelas notas de limão, trazendo o toque azedo que esperamos na gose, mas logo é acompanhado pelas notas frutadas e cítricas, notas condimentadas de coentro e um salgado discreto e bem inserido. Em segundo plano ainda temos um malte suave como pano de fundo.
No aftertaste a cerveja mantém sua acidez alta e equilibrada, acompanhada pelas notas condimentadas e final suculento.
A Limón Kaffir é uma cerveja leve, muito refrescante e com acidez bastante presente, porém muito bem inserida trazendo um final ácido e suculento.
Para a harmonização nada mais junto que usar esta acidez e o toque frutado de limão.
Minha sugestão é harmonizar com torta de limão, fazendo o limão ganhar força tanto pela sobremesa quanto pela cerveja e cortando o dulçor excessivo do creme com a acides da cerveja.
Prost!
Fabrizio Guzzon
“…de tirar o nosso chapéu panamá”, hahaha.
Estilo difícil de encontrar no Brasil, né?
Nunca provei o limão kaffir, Guzzon, mas acho que já vi no mercadão. Parece um limão siciliano que pegou rubéola.
Você chegou a provar a harmonização com torta de limão?
Abração!
Grande Anselmo,
O limão é este mesmo, parece que apanhou…. rsrsrs…. dei uma pesquisada e vi que usam as folhas na culinária tbm.
Ainda não provei com a harmonização, mas tenho uma garrafa na geladeira ainda… então ainda dá tempo…
E estou começando a achar mais algumas nacionais neste estilo, ontem mesmo provei uma gose com maracujá bem azeda e saborosa da Mafiosas, muito boa, parecia que era a polpa do maracujá azedo.
Abç
Guzzon